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quarta-feira, 2 de março de 2011

Que absurdo! Até quando as autoridades do nosso país vão ser coniventes com esta peste chamada "droga"? leia esta matéria e reflita

Franklin Breno da Silva Souza, de 18 anos, havia acabado de sair de uma casa onde tinha consumido muita bebida alcoólica e cheirado cocaína pela primeira vez. Era por volta das 17 horas de domingo, quando ele deixou a residência dos amigos no bairro de Areia Branca, situado em Lauro de Freitas e começou a andar por uma estrada de barro, quando se deparou com o cabeleireiro Domingos dos Santos, de 76 anos, que acabava de sair de um matagal, onde fez suas necessidades fisiológicas.

Domingos voltava da casa de um cliente onde havia cortado um cabelo e seguia para sua residência, situada no mesmo bairro. O idoso foi parado por Franklin que perguntou o que ele estava fazendo no mato e do nada, começou a chutar e esmurrar o ancião e também usou pedras e um pedaço de pau para agredir a vítima. Domingos implorava para não morrer, mas Franklin disse não ter tido piedade.

Ele deixou o idoso desfalecido e roubou a bolsa em que ele carregava o material de trabalho. Um homem que estava do outro lado da rua, viu a agressão e acionou a polícia. Em poucos minutos, os policiais da 22ª CIPM perseguia Franklin que alheio, nem percebia que estava sendo procurado. Ele foi detido próximo ao Ceasa do CIA e foi levado para a 8ª delegacia do bairro. Lá, ele contou que estava doidão e quando viu o idoso saindo do mato, sentiu vontade de matar.

“Se não fosse ele seria qualquer pessoa. Eu estava fora de mim. Só lembro dele gritando, pedindo piedade e pelo amor de Deus para eu não matá-lo, mas sentia muito desejo. Eu acho que foi o efeito da cocaína misturada com cachaça. Eu nunca matei ninguém. Arrependo-me do que fiz. Peço perdão à minha família e à família da vítima”, confessou o rapaz em meio às lágrimas.

Franklin revelou que é usuário de drogas desde os 15 anos. Os parentes dele já buscaram internamento em clínicas para dependentes químicos, mas o acusado não se recuperou. “Minha família é de bem. Eles fizeram de tudo para eu deixar o vício, mas não consegui. Antes, eu só fumava crack, mas foi a primeira vez que cheirei cocaína. Nunca matei ninguém”, disse o rapaz, acrescentando que conhecia o idoso de vista.

Domingos era muito querido no bairro onde residia há muitos anos. A esposa dele, que não quis se identificar, ressaltou que ele havia saído cedo para a casa de uma irmã e depois iria cortar um cabelo e retornar para casa. À noite, ela foi avisada que Domingos se encontrava morto no Hospital do Subúrbio, para onde foi levado. Ele deixou vários filhos do primeiro relacionamento e um bebê de quatro meses com a atual companheira.

(Por Silvana Blesa - Tribuna da Bahia)

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