Dois irmãos suspeitos de enterrar o pai ainda vivo foram presos em Timon, no Maranhão, na quinta-feira (6). Um vizinho da vítima também foi detido por participação no crime, cometido em 29 de dezembro.
O delegado Antonio Valente Filho contou ao G1que, em depoimento, os irmãos confessaram o crime. Os jovens, de 18 e 21 anos, disseram ser homossexuais e, por esse motivo, seriam constantemente agredidos pelo pai. Mas a polícia suspeita que eles também estavam disputando com o pai a direção de um terreiro de umbanda que pertencia à família.
“Eles alegam que o pai não concordava com a opção sexual deles, que bebia muito e era violento. Eles resolveram colocar um fim nisso e agiram dessa forma. A mãe deles não tinha conhecimento do fato”, disse Valente Filho.
Com a ajuda do vizinho, os rapazes teriam cavado um buraco numa área dentro do terreiro de. No dia do crime, os irmãos deram uma dose extra do remédio que o pai costumava tomar, depois que ele dormiu, foi enterrado na cova que já estava pronta.
“O médico já nos confirmou que ele morreu por asfixia. Ele realmente foi enterrado vivo”, afirmou o delegado. “Nós estamos investigando qual foi a verdadeira motivação do crime. Acreditamos que o fato foi motivado por uma disputa pelo controle do terreiro de umbanda, que passaria a ser dirigido pelo filho mais velho. Não achamos que o motivo seja somente as brigas por causa da opção sexual dos irmãos.”
Segundo Valente Filho, o crime foi descoberto depois que o vizinho comentou com pessoas da cidade sobre o buraco que havia sido cavado. “A conversa começou a se disseminar pela vizinhança. Eles se sentiram pressionados e acabaram confessando o crime para um tio, que chamou a polícia. Em depoimento, eles também confessaram.”
O delegado afirmou que o inquérito policial deve ser concluído dentro de 15 dias.
Do G1, em São Paulo
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