Uma caixa de pamonha atrapalhou anteontem o voo 5722 da Webjet, que fazia a rota Ribeirão Preto-Curitiba. Por volta das 12 horas, o comandante recebeu um aviso automático de que a temperatura da aeronave estava acima do normal.
Por segurança, decidiu retornar ao Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, após 20 minutos de voo. Já em solo, foi descoberto o problema: uma caixa de pamonha despachada por um passageiro foi colocada perto do sensor de temperatura, que emitiu um sinal de falso superaquecimento no bagageiro da aeronave.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Webjet, a bagagem com a pamonha foi acidentalmente colocada perto do sensor e retirada do avião imediatamente após a inspeção técnica em Ribeirão. O avião teve de sobrevoar a cidade por cerca de meia hora para queimar combustível - procedimento padrão em casos como esse - e aterrissar com o peso ideal.
A confusão formada na cabine, porém, só foi resolvida após o pouso, quando se descobriu o motivo do superaquecimento - antes, a informação era de que a aeronave passava por problemas técnicos e precisaria retornar. Em Ribeirão, ainda assustados, alguns passageiros se recusaram a embarcar de volta no mesmo avião para Curitiba. Os cerca de 18 desistentes, segundo a companhia, foram reacomodados nos voos seguintes.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não há restrição legal ao transporte de alimentos dentro do País, desde que sejam devidamente embalados e rotulados. O ministério recomenda, porém, que se evite o trânsito de alimentos perecíveis por via aérea por uma questão de segurança do consumidor, já que a embalagem raramente fica em condições ideais de armazenamento e conservação durante a viagem. As regras mais rigorosas em relação ao transporte de alimentos são entre países, por causa da possibilidade de transmissão de pragas e doenças.
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