Rosimeire de Oliveira, natural de Valente, na região sisaleira da Bahia, descreveu o momento de tensão que viveu, junto com cerca de 300 pessoas, dentro da empresa onde trabalha. O local fica próximo ao ponto em que um avião com 61 pessoas a bordo caiu nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Em um áudio ao qual o blog de Sérgio Lima teve acesso, Rosimeire contou a familiares que o avião passou por cima do telhado da empresa. “Foi um desespero aqui na firma. O avião caiu aqui pertinho, passou em cima do nosso telhado. Foi um desespero, parecia um filme de terror. Foi um grande livramento que Deus nos deu, porque, com a quantidade de produtos químicos que temos aqui, se o avião caísse em cima da firma, ninguém sobreviveria. Ele caiu em uma chácara aqui ao lado. Quando o barulho acabou, olhamos e vimos a fumaça subindo. Está um clima de terror aqui”, relatou Rosimeire.
A filha dela também comentou sobre o clima na cidade após o acidente. “Está triste aqui. Eu trabalho na saída de Vinhedo, perto da Santa Casa. A toda hora passam viaturas da polícia e ambulâncias, o trânsito está terrível. As sirenes das ambulâncias, da polícia e dos bombeiros não param. Está um clima muito estranho, e a gente perdeu o rumo. Não conseguimos trabalhar direito, estamos muito preocupados, é uma tristeza.”
O acidente
Um avião com 57 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 61 pessoas a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira (9). Não houve sobreviventes
A companhia aérea divulgou no final da tarde a lista com os nomes das pessoas que estavam no avião. É o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007 no Aeroporto de Congonhas, quando houve 199 mortos.
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com destino a Guarulhos (SP). Veja nota completa da companhia ao final da reportagem.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22”.
A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse em coletiva que ainda é prematuro apontar as causas do acidente.
A FAB confirmou no início da noite que encontrou as caixas-pretas e vai enviar elas para Brasília.
A Anac informou que a aeronave se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos, além dos tripulantes com documentação em dia.
Aeronave operava entre Salvador e Barreiras, no oeste da Bahia
A aeronave da Voepass Linhas Aéreas que caiu no interior de São Paulo operava entre Salvador e Barreiras até 30 de março deste ano, quando o serviço foi suspenso. A informação foi confirmada pela administração do terminal aeroviário da cidade localizada no oeste baiano.
Conforme a administração, a Voepass oferecia voos diários de ida e volta entre as duas cidades, e os aviões tinham capacidade para transportar cerca de 70 pessoas por viagem, cujo tempo de duração era de aproximadamente duas horas.
Do Portal NS/Por blog do Sérgio Lima e g1
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