“Tive gambá, teiú, coruja e uma cobra cascavel. Sempre amei os bichos, mas, precisei soltar e ficar apenas com as largatixas”, contou.
Os répteis de pouco mais de um ano ganharam o nome de Lulu e Pretinha, sendo as xodós da coiteense.
“Eu não prendo, deixo elas a vontade. A Lulu e Pretinha ficam no meu quarto e quando deito na cama, elas vão dormir no meu cabelo”, comentou aos risos.
Ela contou que muitas pessoas a criticavam, mas, acredita ser uma missão cuidar desses répteis.
“Eu digo que foram elas que me adotaram pois, desde que chegaram na minha casa, se aconchegaram e não conseguiram sair perto de mim. O amor que tenho por elas é o mesmo que que daria para um gato ou cachorro”, afirma.
Apesar das críticas por parte de algumas pessoas, principalmente da mãe, Iranildes decidiu seguir o coração.
“Minha mãe e algumas pessoas me chamavam de doida e até cogitaram que eu tava criando um filhote de jacaré. Sei que não é comum, mas, as lagartixas são seres inocentes e fico triste quando alguém tenta ou faz mal para elas”, complementa.
A largatixa
Nomes populares utilizados no Brasil: Lagartixa preta, Taraguira, Trauira, calango, Labigó
Nome científico: Tropidurus torquatus
Muito comum em todo o Brasil.
Dados ecológicos: lagarto mais abundante na área das caatingas e ambientes secos, mas também pode ser encontrado em casas, muros, cercas e outras áreas alteradas pelo homem.
Hábitos alimentares: come formigas, vespas, aranhas, besouros, larvas de inseto, grilos, baratas, além de caçar pequenos vertebrados.
Curiosidades: é um animal de sangue frio, como as cobras e os jabutis. Precisa se aquecer no início do dia e, para isso, toma sol. Caça por meio de espera. Possui escamas atrás do rosto, formando uma espécie de colar escuro. O macho é maior que a fêmea e protege o território. Quando notado, tenta se misturar ao ambiente e ficar quieto, ou correr para buracos e aberturas.
Locais de ocorrência ou visualização no campus: pode ser visto tomando sol nas pedras perto do Espaço Biodescoberta, no calçamento da passagem que vai do Centro de Recepção em direção ao Castelo, próximo à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e nos meios-fios do campus.* Informações da Fiocruz
CN | Reportagem Rafaella Rodrigues – Portal Massapè
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