A Bahia segue como o estado do Brasil com maior proporção de pessoas pretas, conforme aponta o Censo de 2022. O material foi divulgado nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No último estudo, feito em 2010, o estado já aparecia como o mais negro do país. Nos últimos 12 anos, a porcentagem das pessoas que se autodeclaram pretas aumentou de 17,1% para 22,4%.
O aumento das auto declarações de pessoas pretas foi o segundo maior do país em números absolutos, perdendo apenas para São Paulo.
Com isso, em 2022 a Bahia passou a integrar nove das 10 colocações do ranking de municípios brasileiros em que as pessoas pretas são predominantes. O ranking leva em consideração a população total das cidades – por isso Salvador não está na lista, já que é a capital com maior proporção de pessoas pretas.
Na lista nacional, os baianos só perderam o primeiro lugar para Serrano do Maranhão, onde 58,8% das pessoas se consideram negras.
Confira o ranking nacional:
1º lugar: Serrano do Maranhão (MA) – 58,8%;
2º lugar: Antônio Cardoso (BA) – 55,1%;
3º lugar: Ouriçangas (BA) – 52,8%;
4º lugar: Cachoeira – 51,8%;
5º lugar: Santo Amaro – 50,9%;
6º lugar: Conceição de Feira – 50,3%;
7º lugar: São Francisco do Conde – 49,9%;
8º lugar: Pedrão – 49,7%;
9º lugar: Salinas da Margarida – 47,1%;
10º lugar: São Gonçalo dos Campos – 47%.
A composição do ranking foi uma grande transformação, já que em 2010 apenas Antônio Cardoso integrava a lista, com 50,7% da população preta.
Predominância parda
A maior parte da população baiana, mais precisamente 57,3%, se autodeclarou parda em 2022. Isso significa que 6 a cada 10 habitantes do estado se consideram pardos. Dos 417 municípios baianos, 407 tem predominância parda.
Os maiores índices foram registrados em:
Pedro Alexandre (87,3%);
Mansidão (83,1%);
Ibiquera (77,2%).
Apesar do índice alto, a predominância da população parda diminuiu na Bahia: em 2010, eram 411 dos 417 municípios.
Apenas dois municípios baianos têm predominância branca. Confira:
Dom Basílio (50,9%), no sudoeste da Bahia;
Ipupira (49,2%), no oeste da Bahia.
Do Portal NS/Por g1 BA
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