O presidente Lula, em conversas diretas e por interlocutores, já disse ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está disposto a aceitar pedidos encaminhados pelo seu grupo, o Centrão, para garantir o apoio ao governo no Legislativo.
Mas faz duas ressalvas, exatamente os pedidos que mais interessam ao grupo de Lira: o lugar da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a devolução do controle da liberação de emendas parlamentares para o Congresso Nacional.
Lula tem dito a seus interlocutores mais próximos que em nenhum momento vai querer entrar em guerra com Arthur Lira, porque sabe da sua força e importância dentro da Câmara dos Deputados.
Segundo assessores, o presidente compreende que o atual Congresso é mais conservador e que Lira é a principal liderança na Câmara. Porém, avalia que não pode ceder a todos os pedidos do grupo do presidente da Casa.
Isso não significa, porém, que os aliados de Lula não possam indicar nomes para ocupar cargos em áreas do Ministério da Saúde. Desde que os nomes sejam de pessoas com conhecimento do setor, a equipe de Lula entende que podem ser feitas nomeações no ministério.
Por sinal, na semana passada, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se reuniram com a ministra para destravar alguns pedidos de aliados na pasta.
Padilha ganhou do presidente Lula o poder de ordenar que nomeações sejam destravadas, uma das reclamações de aliados que colocaram em risco a votação da medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios.
Padilha e Rui Costa têm realizado reuniões individuais com os ministros para tratar dessas nomeações e, com isso, acalmar os ânimos na base aliada do governo no Legislativo.
Do Portal NS/Por Blog do Valdo Cruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário