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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Número de brasileiros com dívidas em atraso sobe e bate recorde pelo 9º mês seguido

Foto: Reprodução/Pixabay

O número de pessoas com dívidas em atraso no Brasil voltou a bater recorde pelo nono mês consecutivo e, de acordo com dados do Serasa Experian, em setembro o país contava com 68,39 milhões de inadimplentes.

Esse valor representa uma alta de 420 mil pessoas em relação ao mês imediatamente anterior, quando o número de brasileiros com contas atrasadas era de 67,97 milhões.

O levantamento diz que o desemprego segue como o principal motivo do endividamento neste ano. De todos os participantes da pesquisa, 29% responderam que o desemprego foi o fator preponderante para a aquisição de dívidas. No ano passado, esse número era de 30%.

Os principais impactados pelo desemprego no grupo de inadimplentes são os jovens com até 30 anos (33%) e as mulheres (31%).

Segundo a instituição, o cartão de crédito segue sendo o principal motor das dívidas entre os inadimplentes. “Em linha com o ano anterior, as dívidas de cartão de crédito impactam 53% dos brasileiros endividados”, destaca a pesquisa.

Dentro das dívidas com cartão, a grande maioria delas, 65%, é realizada em supermercados, com compras de alimentos. Na sequência, 48% das pessoas relatam dívidas com compra de produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos, e outros 41% têm dívidas com remédios ou tratamentos médicos.

Outras razões para o endividamento no cartão são as compras de alimentos por delivery e os gastos com transportes e combustíveis, ambos presentes em 22% das respostas.

Em contrapartida, o estudo revela que as contas básicas – como água, gás e luz – tiveram uma grande queda entre as principais dívidas no mês de setembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, as contas básicas representam 19% das dívidas, enquanto em setembro de 2021 esse número era de 32%.

Matheus Moura, diretor de marketing do Serasa, afirma que essa queda nas dívidas com contas básicas pode indicar que, com a melhora no cenário de desemprego e os benefícios sociais (como o Auxílio Brasil) as pessoas passaram a priorizar esses gastos em relação a outros.

Do Portal NS/Fonte: g1

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