Com as negociações se afunilando, a proposta de compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Bahia está cada vez mais próxima. Tendo como base as discussões realizadas até aqui, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Leonardo Martinez, afirmou que o contrato terá o melhor modelo do país.
"Não chegou proposta de SAF formalmente no Conselho Deliberativo. Estamos discutindo isso oficialmente e extraoficialmente. Se a proposta que está se desenhando de fato chegar, não tenho dúvida que será a melhor proposta de SAF do Brasil", garantiu, nesta quarta-feira (3), em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama.
Martinez destacou que, de fato, a quitação da dívida do Tricolor com o Banco Opportunity, no valor de R$ 120 milhões (veja aqui), foi um facilitador nas negociações com o grupo investidor que deseja adquirir o futebol do Bahia.
"Não posso dizer que o acordo com o Opportunity era um entrave imprescindível, mas era uma dívida discutida há mais de uma década, que podia causar uma insolvência do Bahia. Resolver o problema com o Opportunity, como foi bem resolvido, temos um caminho mais aberto, mais claro para um possível investidor de SAF. Como já tinha dito, o objetivo do investidor é o futebol. Se você tem uma possibilidade de dívida de R$ 120 milhões, você tem menos recurso para investir na atividade-fim. Abre caminhos, sim, para aumentar as possibilidades de venda da SAF no Bahia", explicou.
Caso a proposta chegue e seja aprovada pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho Fiscal, será votada em uma Assembleia Geral de sócios. A ideia da SAF é que o investidor controle apenas a parte do futebol, deixando as outras atribuições para a associação.
"Hoje, o futebol está sob o guarda-chuva da diretoria executiva. Havendo a implementação da SAF, essa atribuição deixa de ser da diretoria executiva, e passará a ser desse investidor. Seria nesses moldes. Perde a atribuição do futebol, e terá outras, como outras modalidades. Continuaremos tendo eleições para presidente, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal", pontuou o presidente do Conselho.
O dirigente comentou ainda sobre a contratação do lateral-direito Marcinho, réu por atroplear um casal, com sinais de embriaguez e acima do limite de velocidade, e fugir sem prestar socorro.
"É papel do Conselho Deliberativo fiscalizar o cumprimento do estatuto, dos diplomas legais e a legislação nacional. A contratação de Marcinho não fere esses tópicos. Se eu fosse presidente da Diretoria Executiva, com as informações que eu tenho hoje, penso que não existe pena perpétua no Brasil. O jogador demonstrou arrependimento, pela atitude, o comportamento dele, eu penso que ele merece, sim, exercer sua profissão, seu trabalho, e ficar submetido à Justiça", opinou.
Do Portal Bahia Notícias/por Nuno Krause
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