Para integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog do jornalista Gerson Camarotti, o placar desta quinta-feira (22) que formou maioria para confirmar a decisão da Segunda Turma que declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução do processo do tríplex, explicitou erro na estratégia do relator da Lava Jato, Edson Fachin.
A percepção na Corte é que a decisão de Fachin de anular condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou antecipando um movimento de fragilização da Operação Lava Jato, abrindo espaço para a revisão com maior velocidade de decisões já tomadas em instâncias inferiores.
“Fachin acabou antecipando um movimento que já existia na Corte. Caso não tivesse anulado condenações de Lula, o tempo de análise seria outro”, reconheceu ao Blog um ministro.
A percepção anterior é que a análise da suspeição de Moro no caso do tríplex teria um andamento mais lento na Segunda Turma e o efeito seria restrito. Mesmo para quem defende a Lava Jato na Corte, o movimento de Fachin foi recebido com contrariedade.
Nesta quinta-feira, sete dos 11 ministros votaram por manter a decisão da Segunda Turma pela suspeição de Moro. Até o momento, só Fachin e Luís Roberto Barroso ficaram na posição contrária. A análise do tema, porém, foi suspensa por pedido de vista do ministro Marco Aurélio.
Do Portal NS
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