Como plataformas como Netflix, Disney+,
AmazonPrimes e HBO Max devem se popularizar e fidelizar clientes
São Paulo, abril de 2021 -
Quando a Netflix chegou ao Brasil em 2011, poucas pessoas poderiam imaginar o
quanto o mercado do entretenimento estava mudando. Ninguém pensava que uma
empresa de oferta de títulos on demand revolucionaria o mercado por oferecer
uma opção de serviço mais acessível e com mais qualidade. Um estudo da Sherlock
Communications, intitulado "Mercado, Consumo e Diversidade em Serviços de
Streaming de Vídeo na América Latina" e que foi realizado em seis países -
Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru - revelou que mais de 92% dos
entrevistados disseram que assinaram uma plataforma de streaming desde 2019,
com 70% tendo adicionado pelo menos uma em 2020.
A Disney+, que recentemente estacionou por aqui,
anunciou que atingiu os 100 milhões de assinantes, metade da base que possui a
Netflix. "O Brasil é um país muito conectado. Em termos de rede sociais já
figura entre os top 5 no Facebook, Youtube, Instagram e por isso mesmo já tem
uma aderência muito grande de interagir com plataformas de streaming", afirma
Pedro Oliveira, cofundador da OutField
Consulting , uma consultoria
focada nos negócios do esporte e do entretenimento. Ele cita alguns dos
exemplos que fazem delas um sucesso e também uma ameaça aos cinemas e TVs a
cabo, entre elas, os preços, que começam a partir de apenas R﹩9,90 na Amazon Prime.
Uma família que vai ao cinema pode gastar até R﹩150,00 para assistir a um único
filme. Um bom pacote de TV por assinatura é a partir disso para mais.
Provavelmente será muito mais compensador para essa família uma plataforma de
streaming, que oferece diversos títulos e conteúdos diversificados por um preço
acessível, e que poderá ver do próprio sofá a hora que preferir. Enxergando
muito bem esse movimento, e ainda com a onda da pandemia e do isolamento
social, essas plataformas começaram a adotar estratégias que engajam o público
e prendem sua atenção.
A HBO Max, por exemplo, que ainda não chegou ao
Brasil, realizou o lançamento de "Wonder Woman 1984" nos EUA primeiro
e exclusivamente pelo seu próprio canal sem nenhum custo adicional e em 4k,
enquanto a Disney+ anunciava a série "WandaVision" e "Falcão e
Soldado Invernal", de forma semanal, trazendo os heróis do cinema para
dentro de casa, literalmente - e aumentando o "hype" dos fãs dos
quadrinhos. A Netflix ainda colhe o sucesso de "La Casa de Papel",
uma das séries mais aclamadas dos últimos anos, e lança logo em seguida um novo
conteúdo que dá o que falar na internet, "Lupin". "Fazendo as
contas na ponta do lápis, vale mais a pena você ter um serviço de streaming do
que a TV por assinatura, onde há pelo menos 20 min gastos com anúncios. Quem
ganha é o consumidor, com mais ofertas de conteúdo, um cenário mais
competitivo", explica.
Mas existe uma barreira, de acordo com o
especialista, que é a infraestrutura. "Ainda não temos a mesma velocidade
estrutural como no mercado americano, com penetração de internet e smartphones.
O sinal às vezes cai, a imagem fica quadriculada, pode ocorrer delay de alguns
segundos, e são pequenas coisas que comprometem no quesito de qualidade. Mas
isso vai evoluir e o mercado de plataformas de streaming não é mais uma
tendência, já é uma realidade", analisa Oliveira.
Sobre a OutField
Fundada em 2016 pelos empreendedores Lucas de Paula
e Pedro Oliveira, a OutField é uma consultoria focada nos negócios do esporte e
do entretenimento. A empresa nasceu para que o esporte na América Latina, a
começar pelo Brasil, alcance seu potencial e se aproxime da grandeza das
indústrias americana e europeia, aproximando o mercado esportivo do
entretenimento por meio da inovação. Com escritórios em São Paulo e em Nova
York (EUA), a OutField tem em seu portfólio marcas, clubes e atletas, como New
Balance, Wix, Flamengo e Anderson Silva, com os quais atua para criar novas
oportunidades de marketing, investimento e negócios dentro do esporte.
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