Em meio a pandemia do coronavírus, o recadastramento obrigatório do cartão do SUS pegou muita gente de surpresa em Salvador. Apesar da prefeitura alegar que trabalhou na ampla divulgação da plataforma online para a atualização dos dados da população, até agosto de 2020, a um mês do prazo final dado pelo governo federal para a medida, 87% dos cadastros foram realizados por agentes comunitários de saúde ou por prontuários eletrônicos de pacientes em Unidades de Saúde.
“Cada agente de saúde ficou responsável por realizar 750 cadastros. Alguns profissionais tiveram as férias suspensas”, descreveu Enadio Nunes Pinto, presidente licenciado da Associação dos Agentes de Combate a Endemias de Salvador (AACES). “Mesmo assim, a cobertura não se completou. Temos um déficit de agentes comunitários muito grande. Salvador tem 1.500 agentes comunitários de saúde. Precisamos de 5 mil”, argumentou.
No mesmo período, a atualização de informações a cada atendimento realizado no Prontuário Eletrônico do paciente nas Unidades de Saúde foi responsável por mais 204 mil cadastros. Na prática, quem não recebeu um agente em casa ou foi atendido em um posto de saúde na capital baiana, representa os 13% da população que realizou o recadastramento pelo aplicativo Vida+ Cidadão ou via plataforma online.
A meta é que toda Salvador realize o procedimento até dezembro, fim do prazo postergado pela gestão municipal.
Segundo os dados do Núcleo de Tecnologia, foram enviadas 37 mil mensagens de texto para beneficiários do Bolsa Família, alertando sobre a necessidade do recadastramento.
Do Portal Bahia Notícias/por Lucas Arraz
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