O calendário para aprovação da reforma da
Previdência neste ano é apertado, indicou o presidente da Câmara dos Deputados
e um dos principais defensores da proposta, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em
entrevista ao programa Conexão Estadão, na Rádio Eldorado.
“Se não tiver
maioria (308 votos) para a reforma em fevereiro, será difícil ter votação
depois de março”, explicou. Maia avalia que é importante aprovar rapidamente a
proposta que revisa as regras previdenciárias. “Quanto mais atrasar a reforma,
mais dura ela será no futuro. Nosso objetivo é mostrar isso aos deputados”,
explicou.
Diante desse cenário, o parlamentar pediu a contribuição do governo
para angariar os votos necessários à aprovação proposta. “Que o governo nos
ajude a construir votos à Previdência. É fácil falar e não ter os votos.”
Questionado sobre a possibilidade de avançar no Congresso uma reforma
tributária, o presidente da Câmara preferiu aguardar os desdobramentos em torno
da reforma da Previdência antes de se posicionar. “Vamos esperar primeiro a
Previdência para ver se há condição para a reforma tributária.”
Apesar do
quadro fiscal delicado no País, Maia entende que o governo Temer dificilmente
conseguirá aumentar a arrecadação de impostos com a aprovação do Congresso
Nacional. “É muito difícil que esse governo tenha votos para ampliar a carga
tributária no Brasil”, afirmou.
Em relação à possibilidade de alteração da
regra de ouro das contas públicas, que impede que o governo se endivide para
cobrir despesas correntes, Maia voltou a frisar que o assunto não será debatido
em 2018. Sobre o imbróglio envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil
(PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, Maia negou que isso possa provocar uma
saída do PTB da base aliada do governo Michel Temer. “Vamos manter o PTB unido.”
Do Portal NS/Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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