Um grupo formado por homens e mulheres trabalhadores rurais e integrantes de diversos sindicatos e movimentos sociais realizou, na manhã desta sexta-feira (10), em Queimadas, uma manifestação contra a reforma na Previdência Social (PEC 287) elaborada pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), que, entre outros pontos, equipara a idade mínima para a aposentadoria para homens e mulheres em 65 anos. Além disso, a reforma na previdência prevê que os trabalhadores rurais deverão fazer contribuições obrigatórias para a Previdência Social para ter direito a aposentadoria.
O ato em alusão ao Dia Internacional da Mulher foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Straf/Queimadas), ONG Humanas Brasil, Instituto Aliança, Sindicato dos Trabalhadores de Nordestina, coordenação da Frente Sindical e Popular de Luta Contra a PEC da Reforma da Previdência, lideranças sindicais e movimentos populares.
Com cartazes e faixas, o grupo com mais de 100 pessoas se concentrou em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e saiu caminhada em direção a Câmara de Vereadores, onde ocorria uma sessão extraordinária que foi interrompida por cerca de dez minutos.
Em seguida, os manifestantes foram até a agência da Previdência Social da cidade. Os servidores tiveram que paralisar as atividades por mais de uma hora após o local ter sido ocupado pelo grupo. Segundo a organização, participam do ato dentro da agência cerca de 60 pessoas em um movimento pacífico.
O presidente do Straf/Queimadas, Domício Araújo, disse que lamenta que a reforma atinja diretamente as mulheres das classes menos favorecidas. “Nós estamos nas ruas manifestando a nossa contrariedade contra a reforma, que atinge mulheres pobres, e as que vivem no campo e estão na informalidade, desempregadas e não vamos parar de realizar outros atos em prol de todos”, afirmou.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Nordestina, Rosilda Alves, que também participou da manifestação, “este ato é muito importante, pois não podemos ficar de braços cruzados vendo a usurpação dos nossos direitos. As mulheres já sofrem, no dia a dia, vários tipos de violência que denigrem a sua imagem. Não podemos aceitar mais essa violência estabelecida pelo presidente Michel Temer. Nós mulheres continuaremos brigando pelos nossos direitos. Vamos à luta”.
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