Após mais uma apresentação vexatória contra o Iraque e o sonho da medalha inédita cada vez mais distante, Galvão Bueno aproveitou o pós-jogo para desabafar. O narrador, inconformado, passou por cima da direção e dos roteiros pré-estabelecidos para reclamar da falta de empenho e de educação dos jogadores da Seleção Brasileira masculina.
Meteu todo mundo no debate: Casagrande, Ronaldo, Gustavo Kuerten e até convidados absolutamente deslocados, como Samantha Schmutz. Em seu discurso indignado, falou sobre os jogadores não darem declarações em campo para o repórter Eric Faria, sobre a aparente falta de dedicação e garra do time e praticamente decretou falência da instituição, em uma fala firme e alterada.
Há quem brincasse dizendo que só os protestos de Galvão eram permitidos, durante os jogos olímpicos - numa crítica às repressões de manifestações políticas nos estádios e nas arenas, durante o evento.
Galvão chegou a mostrar imagens de Gabrielle Andersen, a lendária maratonista suíça que fez história em Los Angeles, 1984, dizendo que narrou a chegada da moça e que pouco importou o resultado, frente à sua luta contra o próprio cansaço. Citou também os gritos de “Marta é melhor que Neymar”, que a torcida tem usado constantemente nos jogos masculinos - e inclusive, deu seu apoio à opinião popular, dizendo que nem há que se comparar a jogadora que já foi cinco vezes bola de ouro da Fifa.
Luta, batalha, suor e muitas palavras motivacionais depois, Galvão encerrou com chave de ouro as transmissões olímpicas da Globo, já na madrugada desta segunda-feira (8).
Do Yahoo Esportes/TV Esporte Blog
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