A Operação Janus, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 20, pela Polícia Federal, investiga as razões para a Odebrecht ter celebrado contratos, entre 2012 e 2015, com uma empresa de construção civil de pequeno porte com sede em Santos (SP) para a realização de ‘obras complexas’ em Angola.
De acordo com a investigação, apenas por seus serviços nas obras de reforma do complexo hidrelétrico de Cambambe, a empresa recebeu R$ 3,5 milhões. A obra recebeu do BNDES financiamento de US$ 464 milhões.
O alvo da ação são pessoas ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos investigados levados em condução coercitiva é o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de uma ex-mulher do presidente Lula.
Os investigadores apuram se contratos da Odebrecht com uma empresa do ramo de construção civil em nome de parentes de um ex-agente público foram utilizados para o pagamento de vantagens indevidas.
ODEBRECHT E BNDES
A investigação começou com o envio para a PF de um Procedimento de Investigação Criminal do Ministério Público Federal que pretendia investigar se a construtora Odebrecht teria, entre os anos de 2011 e 2014, pago propina em troca de facilidades na obtenção de empréstimos de interesse da multinacional junto ao BNDES.
A Polícia Federal investiga agora a prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de Dinheiro, previstos, respectivamente, no art. 332 do Código Penal e no art. 1º da Lei 9613/98.
O nome da operação é uma referência ao Deus romano Janus (ou Jano). A menção à divindade latina de duas faces, que olha ao mesmo tempo para o passado e para o futuro, quer mostrar como deve ser realizado o trabalho policial, sempre atento a todos os lados e aspectos da investigação.
Todas as medidas judiciais estão sendo cumpridas na cidade de Santos, no total são 4 mandados de busca e apreensão, 2 conduções coercitivas e 5 intimações.
Do Portal Interior da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário