Nem extraterrestres, nem queda de meteorito. O motivo para a existência das misteriosas crateras na Sibéria é a alta concentração de gás metano que fez com que o solo descongelasse aceleradamente.
Enquanto o ar normalmente possui apenas 0.000179% de metano, a região próxima dos buracos possui a concentração de 9,6% do gás, segundo artigo na revista Nature. Pesquisadores suspeitam que o aumento da temperatura no verão contribuiu para o fenômeno. Com o solo descongelado, o gás ficou preso em uma espécie de bolsões subterrâneos. Por causa da pressão criada internamente, aconteceram erupções que deram origem aos buracos.
O mistério sobre o surgimento dos buracos começou na metade do mês de julho quando uma reportagem do “The Siberian Times” relatou a descoberta de dois novos buracos na região, sendo um na Península de Yamal — conhecida pelos locais como “o fim do mundo” e onde uma outra cratera já tinha sido avistada — e outro na Península Taymyr. A primeira cratera descoberta tem cerca de 80 metros de diâmetro, pouco menor que um campo de futebol, e 60 metros de profundidade. As mais recentes são menores, mas apresentam características semelhantes, como a presença montes de terras nas laterais, que sinalizam algum tipo de movimento violento de dentro para fora.
A terceira cratera fica na Península Taymyr, à leste da Yamal. Ela foi descoberta acidentalmente por pastores locais, moradores do vilarejo de Nosok. O buraco tem o formato perfeito de um cone, com cerca de quatro metros de diâmetro e profundidade entre 60 e cem metros. Extraído do jornal O Globo.
Do Portal Jornal da Chapada/FOTO: Marya Zulinova/Assessoria de imprensa do governo da região de Yamal/Nenets
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