Jimmy Azevedo
A ex-deputada federal gaúcha Luciana Genro (P-Sol) volta à vitrine política como candidata a vice do senador Randolfe Rodrigues (P-Sol-AP), que será o candidato do partido à presidência da República. No dia 17, no Rio de Janeiro, será realizado um ato para apresentar os dois pré-candidatos. Ontem, por telefone, Luciana, filha do governador gaúcho Tarso Genro (PT), confirmou a informação à reportagem.
Na rápida entrevista, disse que não ficaram rusgas com Randolfe após a disputa, ano passado, quando, no 4º Congresso do P-Sol, a maioria dos delegados entendeu que Randolfe deveria ser o candidato do partido ao Planalto. Em dezembro, a pré-candidatura posta por Randolfe causou um racha no partido, e foi criada uma nova corrente, a Insurgência, que defendia a realização de prévias.
Em nota, a corrente disse que "Randolfe é o máximo representante, no partido, de uma política de alianças que é uma versão piorada da política do 'campo majoritário' do PT em fins dos anos 1990. Ele pode tanto aliar-se com setores ligados ao governo do PT quanto ao PMDB". Luciana foi deputada estadual por dois mandatos.
Na Câmara, teve um mandato pelo PT e outro pelo P-Sol. Nas últimas eleições não pode concorrer como vereadora de Porto Alegre, pois o artigo 14, inciso 7º, da Constituição Federal diz que "são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou adoção, do presidente da República e do governador do Estado". Pelo mesmo motivo não poderá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa neste ano.
Jornal do Comércio - Como será essa dobradinha, sendo os dois integrantes de campos opostos? Houve mal-estar?
Luciana Genro - Não tivemos um mal-estar, o que teve foi uma disputa política durante as eleições do partido. Representamos alas distintas dentro do partido, mas avaliamos que agora é a hora de construir a unidade do partido. Nossa chapa vai representar a unidade. No próprio congresso, em dezembro, Randolfe e Araújo manifestaram a opinião de que seria importante que eu fosse vice para unir o partido. Defini que eu iria aceitar para fortalecer o P-Sol.
JC – O que representará o P-Sol na eleição de outubro?
Luciana – O importante é que a gente vai unificar o partido, enfrentar a direita e a velha esquerda do PT e seus aliados. O nosso programa de governo vai ser discutido na convenção do partido, mas a discussão já vem sendo feita.
JC – Como o P-Sol se insere neste momento de manifestações? Os atos têm feito críticas aos partidos e aos políticos.
Luciana - Vamos resgatar o significado de junho, porque foi uma manifestação popular de repúdio aos políticos tradicionais e à velha política.
JC – Haverá composição com outras legendas?
Luciana - Tentamos construir um diálogo com o PSTU, mas eles (os líderes do PSTU) têm restrições ao nome do Randolfe. Não estamos preocupados com as alianças, porque junho mostrou que a vida real dos brasileiros passa por fora dos partidos. Nossa aliança será com a população e a juventude.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=153341Na rápida entrevista, disse que não ficaram rusgas com Randolfe após a disputa, ano passado, quando, no 4º Congresso do P-Sol, a maioria dos delegados entendeu que Randolfe deveria ser o candidato do partido ao Planalto. Em dezembro, a pré-candidatura posta por Randolfe causou um racha no partido, e foi criada uma nova corrente, a Insurgência, que defendia a realização de prévias.
Em nota, a corrente disse que "Randolfe é o máximo representante, no partido, de uma política de alianças que é uma versão piorada da política do 'campo majoritário' do PT em fins dos anos 1990. Ele pode tanto aliar-se com setores ligados ao governo do PT quanto ao PMDB". Luciana foi deputada estadual por dois mandatos.
Na Câmara, teve um mandato pelo PT e outro pelo P-Sol. Nas últimas eleições não pode concorrer como vereadora de Porto Alegre, pois o artigo 14, inciso 7º, da Constituição Federal diz que "são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou adoção, do presidente da República e do governador do Estado". Pelo mesmo motivo não poderá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa neste ano.
Jornal do Comércio - Como será essa dobradinha, sendo os dois integrantes de campos opostos? Houve mal-estar?
Luciana Genro - Não tivemos um mal-estar, o que teve foi uma disputa política durante as eleições do partido. Representamos alas distintas dentro do partido, mas avaliamos que agora é a hora de construir a unidade do partido. Nossa chapa vai representar a unidade. No próprio congresso, em dezembro, Randolfe e Araújo manifestaram a opinião de que seria importante que eu fosse vice para unir o partido. Defini que eu iria aceitar para fortalecer o P-Sol.
JC – O que representará o P-Sol na eleição de outubro?
Luciana – O importante é que a gente vai unificar o partido, enfrentar a direita e a velha esquerda do PT e seus aliados. O nosso programa de governo vai ser discutido na convenção do partido, mas a discussão já vem sendo feita.
JC – Como o P-Sol se insere neste momento de manifestações? Os atos têm feito críticas aos partidos e aos políticos.
Luciana - Vamos resgatar o significado de junho, porque foi uma manifestação popular de repúdio aos políticos tradicionais e à velha política.
JC – Haverá composição com outras legendas?
Luciana - Tentamos construir um diálogo com o PSTU, mas eles (os líderes do PSTU) têm restrições ao nome do Randolfe. Não estamos preocupados com as alianças, porque junho mostrou que a vida real dos brasileiros passa por fora dos partidos. Nossa aliança será com a população e a juventude.
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