A minissérie da Globo, “O Canto da Sereia”, baseada na obra de Nelson Mota, não foi bem vista por alguns baianos. Antes mesmo de Ísis Valverde, que deu vida a personagem Sereia, parar nas telinhas dos brasileiros, o capitão aposentado da Polícia Militar, Raimundo Almeida do Nascimento, entrou com uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra um dos capítulos da minissérie da emissora brasileira.
“Eu como baiano me vi indignado com uma minissérie como essa. Ali não é o retrato da cidade. Eu moro aqui há anos e nunca vi um homicídio naquele contexto que é narrado em “O Canto da Sereia”, desabafa o capitão aposentado.
Para Raimundo, a Globo menosprezou o Carnaval baiano ao colocar no ar a morte de uma cantora de axé na maior festa de rua do mundo, em cima de um trio elétrico: “não estou falando em censura, mas sim na falta de senso. É como se não existisse policiamento na cidade. Como eles pegam uma minissérie dessa, com um teor desse e coloca no ar às vésperas do Carnaval? A emissora insiste em protagonizar a Bahia como responsável pelo índice de violência no Brasil”, questiona.
No documento enviado ao órgão público, Raimundo Nascimento também fez um posicionamento sobre um filme da Gobo Filmes, Tropa de Elite, que recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008: “o principal delinquente era denominado de baiano, ora com tanto fora da lei no sul e sudeste com nomes muito conhecidos, porque divulgar a Bahia com tamanha negatividade?”.
O capitão Nascimento acrescentou está incomodado por o MP ainda ter se manifestado sobre o caso: “Eu estranho algo desse tipo mas aguardo ser procurado”. A promotora responsável pelo caso é Márcia Regina dos Santos Virgens.
Do Blog Ferraz e o Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário