Filha de Ernesto Ferreira Edylene Ferreira é a nova presidente do Legislativo de Serrinha. (Foto Renny Maia) |
Desde que foi emancipada e reemancipada, apenas uma mulher conseguiu uma cadeira na Câmara de Vereadores de Barrocas, e por apenas um mandato.
A ex-secretária de Agricultura do Município, Maria Lucenir, conhecida como Cenir do Ouricuri, foi eleita na época pelo Grupo Barrocas Livre. Cenir entrou para a história do município, como a primeira e única mulher a exercer um mandato no legislativo, mas não conseguiu continuar representando as mulheres da cidade, ela não se elegeu na eleição seguinte e nas últimas tentou novamente uma vaga sem sucesso, no último pleito, Maria Lucenir ficou como Suplente pelo PRP na coligação Barrocas Livre. Ela obteve sem palanque 361 votos (3,84% do total de votos).
O que parece é que a população barroquense ainda não se deu conta da importância de se ter mulheres entre os sues representantes, ou mesmo pôde estar faltando alguém que desponte nesse cenário, desempenhando o papel de defender bandeiras importantes, e olha que não faltam o que defender, sabe-se que muitas mulheres barroquenses sofrem agressão e são vítimas de maridos truculentos, padecem com o consumo excessivo de álcool por seus companheiros e até são abandonadas por esposos que deixam de cumprir com seus deveres de pai e marido.
Em Serrinha, cidade localizada há apenas 18 km de Barrocas, na eleição de outubro, quatro mulheres conseguiram uma vaga no legislativo, não satisfeita com a ascensão, elas ainda conseguiram o comando da Mesa Diretora da casa, ocupando três cargos importantes, a Presidência com Edylene Ferreira (PV), 1º Secretaria com Helena Barreto (PT) e a 2ª com Rose de João Grilo (PT).
Foto: Portal Clériston Silva |
Não podemos deixar de dizer que o Brasil é presidido e muito bem, por uma mulher, Dilma Rousseff tem conseguido índices de aprovação históricos, a Petrobras também tem uma mulher no comando, assim fica a pergunta, porque em Barrocas uma candidatura feminina não emplaca e apenas são laçadas para atingir o número obrigatório pelo TRE.
Registra-se, portanto que já tivemos uma mulher candidata a Prefeita e duas já disputaram a eleição como candidata a vice. Na primeira eleição em 2000, Edriane Brito foi vice na chapa do PT, em 2004, Dona Clarice (in memória) foi candidata a Prefeita pelo (PP) e em 2012, a ex-secretária de educação Jacqueline (DEM), compôs a chapa com o ex-prefeito José Edilson.
Há quem diga que faltam ações, foco, fidelidade partidária, afinidade com um grupo político ou mesmo apoio dos líderes municipais que se empenham mais nas campanhas masculinas, e ainda uma conscientização do eleitorado.
Por Rubenilson Nogueira (Portal Jornal A Nossa Voz)
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