O jovem com obesidade mórbida que está internado no Hospital Municipal de Serrinha (HMS) desde domingo (11), será transferido para o Hospital Geral Roberto Santos, na capital baiana. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (21) pelo secretário municipal da saúde Gilberto Carvalho, em contato com o PCS.
Francisco Araújo Silva Júnior, de 23 anos, vai receber tratamento contra obesidade. De acordo com o secretário, a transferência do rapaz que pesa cerca de 260 kg deve ocorrer até a tarde desta quinta-feira (22), assim que houver uma logística que permita o transporte do paciente. “O próprio hospital está providenciando uma UTI Móvel especial para fazer o transporte”, afirmou Gilberto.
O rapaz sofre com a obesidade desde a infância, mas segundo a família, nos últimos anos a situação piorou. Como o hospital não dispõe de uma balança adequada, não se sabe exatamente o peso de Francisco, mas os médicos estimam que ele tenha mais de 260 quilos. A estimativa é baseada na última pesagem de Francisco durante o tratamento feito em um hospital de Salvador.
Após a repercussão do caso, familiares demonstraram o interesse de que Francisco inicie um tratamento específico contra a obesidade.
A história - A mãe de Francisco, Maria Aurizete, conta que ele começou a engordar aos nove anos de idade. "Até aí era tudo normal. Ele começou a engordar como todas as crianças, mas aos 12 anos ele já era muito gordo, muito mais do que os colegas. Eu achei tudo isso estranho porque quando pequenino ele era muito magrinho, ninguém nem esperava vida nele. Ele não tinha força nem para puxar o leite", disse.
De acordo com a mãe, o jovem já ficou internado por cinco anos em Salvador. "Aos 16 anos ele fraturou a perna direita, fez cirurgia e depois disso ele parou de mexer a perna. Ele anda de cadeira de rodas, mas é muito difícil sair com ele porque onde eu moro a rua não é asfaltada, então eu não tenho como sair", revelou.
A mãe conta que não tem condições financeiras para pagar o tratamento adequado para o filho. "Eu nunca abandonei ele. Eu não tenho dinheiro para poder arcar com esse tratamento. Eu vendo roupa que minha irmã faz. Eu recebo um auxílio porque minha outra filha tem problemas, ela tem depressão, mas eu não tenho dinheiro para comprar remédios e o município não dá", afirma.
Do Portal Clériston Silva
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