O premiê da Líbia, Mahmoud Jibril, confirmou a agências de notícias que o ex-ditador da Líbia Muammar Kaddafi foi morto durante uma troca de tiros entre rebeldes e seus apoiadores em sua cidade natal, Sirte, nesta quinta-feira (20).
As declarações chegam após um pedido da ONG Anistia Internacional, em Londres, para que o governo interino líbio fizesse uma investigação e apresentasse mais detalhes sobre as circunstâncias em torno da morte de Gaddafi.
Embora inicialmente não houvesse uma versão oficial, um vídeo que mostra o ex-ditador capturado ainda com vida nesta quinta-feira transmitido por emissoras árabes gerou suspeitas de que ele tivesse sido executado pelos rebeldes.
Numa coletiva de imprensa em Trípoli, Jibril disse que relatórios de perícia mostram que a causa da morte foi um tiro recebido durante um tiroteio.
"Kaddafi foi retirado de dentro de uma tubulação de esgoto e não mostrou resistência alguma. Quando começamos a movê-lo ele foi atingido por um tiro no braço direito e quando o colocamos numa picape ele ainda não tinha nenhum outro ferimento", disse o premiê citando o relatório.
"Quando o carro começou a se mover houve um tiroteio entre rebeldes e as forças de Kaddafi, no qual ele foi atingido por um tiro na cabeça. O médico legista não conseguiu determinar se a bala pertencia aos rebeldes ou às forças de Kaddafi", disse Jibril, acrescentando que o ex-ditador morreu poucos minutos após chegar a um hospital de Misrata.
Jibril disse ainda que o anúncio da liberação da Líbia será feito no sábado (22), em Benghazi, e que Mutassim Kaddafi, filho do ex-ditador capturado nesta quinta, também está morto, embora Saif al Islam ainda esteja foragido.
Veja o vídeo:
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