A presidente Dilma Rousseff resolveu novamente abrir espaço para as negociações em torno do valor do salário mínimo devido às pressões das centrais sindicais.
Apesar de a equipe econômica já ter anunciado que editará uma Medida Provisória para elevar o mínimo para R$ 545, Dilma pode ainda dar margem a um valor um pouco maior, de R$ 550, ainda abaixo do desejo dos sindicalistas, que querem o valor de R$ 580.
Para o governo, o argumento para convencer as centrais de que as contas não fecharão será o levantamento sobre o impacto do aumento do salário e da correção da tabela do Imposto de Renda (IR) no orçamento da União.
A preocupação com as despesas levou o governo a usar a redução da alíquota do imposto em 6,46% como moeda de troca para negociar o valor do mínimo. “Não vamos aceitar troca. Na verdade é um absurdo a correção não ter ocorrido até agora e os R$ 580 têm como fundamento a diminuição do PIB de 2009, que não pode cair no colo dos aposentados”, avaliou Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Embora o governo considere a quantia inviável, ele não será intransigente na mesa de negociações. Isto porque a atual presidente não pretende acirrar ainda mais a disputa com os sindicatos no início do seu mandato. A classe reclama que o governo tem anunciado decisões sem consultar as centrais.
Informações da Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário