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sábado, 23 de novembro de 2024

Primeiro transplante de pulmão duplo robótico é realizado nos EUA

O primeiro transplante de pulmão duplo totalmente robótico do mundo foi realizado no NYU Langone Health, nos Estados Unidos. A inovação marca um avanço significativo na cirurgia robótica e consolida o centro médico acadêmico como referência global nesse procedimento.
 

Segundo informações divulgadas pelo NYU Langone Health, a cirurgia foi liderada pela médica Stephanie H. Chang, professora associada do Departamento de Cirurgia Cardiotorácica da NYU Grossman School of Medicine e diretora do Programa de Transplante de Pulmão do NYU Langone Transplant Institute.
 

A equipe transplantou os pulmões de Cheryl Mehrkar, uma paciente de 57 anos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma condição progressiva que dificulta a respiração. O procedimento utilizou o sistema robótico Da Vinci Xi em todas as etapas, uma tecnologia que permite maior precisão e reduz o trauma para o paciente.
 

A técnica envolveu pequenas incisões entre as costelas, o que possibilitou a remoção do pulmão afetado, a preparação do local cirúrgico e o implante dos novos pulmões de maneira minimamente invasiva.
 

O transplante ocorreu em 22 de outubro de 2024, apenas quatro dias após Cheryl ser incluída na lista de espera, após meses de avaliação médica realizada por Jake G. Natalini, professor assistente do Departamento de Medicina, e por Luis F. Angel, diretor médico de transplante de pulmão do NYU Langone Transplant Institute.
 

A cirurgia foi coordenada por Stephanie Chang, com o auxílio de Travis C. Geraci, professor assistente do Departamento de Cirurgia Cardiotorácica, e Eugene A. Grossi, titular da cátedra Stephen B. Colvin de Cirurgia Cardiotorácica.
 

"Estou muito grata ao doador e à sua família por me darem outra chance de vida", declarou Mehrkar em uma publicação do NYU Langone Health. Ela foi diagnosticada com DPOC em 2010, e sua condição piorou após uma infecção por Covid-19 em 2022.
 

Ao longo de sua vida, Mehrkar foi ativa, trabalhando como instrutora de mergulho, motociclista e conquistando o cinturão preto de caratê junto com seu marido, com quem possuía um dojo. Após se aposentar do caratê, tornou-se técnica voluntária de emergência em um departamento de bombeiros no condado de Dutchess, em Nova York, e segue contribuindo com sua comunidade.
 

Mehrkar compartilhou que, por muito tempo, foi informada de que não estava doente o suficiente para um transplante. No entanto, a equipe do NYU Langone Health focou na sua qualidade de vida, e ela expressou sua gratidão aos médicos e enfermeiros por lhe darem esperança.
 

"É um privilégio poder ajudar os pacientes a retornarem a uma vida saudável", disse Chang. "Com esses sistemas robóticos, o objetivo da equipe é minimizar o impacto dessa cirurgia importante, reduzir a dor pós-operatória e oferecer os melhores resultados possíveis", completou.
 

Em 2023, o NYU Langone Transplant Institute realizou 76 transplantes de pulmão e foi reconhecido por retirar rapidamente os pacientes da lista de espera e por sua alta taxa de sobrevivência. O centro é líder global em cirurgia robótica, realizando mais de 2.000 procedimentos assistidos por robô anualmente, além de treinar cirurgiões de todo o mundo.


Do Portal Bahia Notícias/Por Folhapress/Foto: Divulgação / Ministério da Saúde

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