A Bahia registrou 672 casos de feminicídios entre 2017 e 2023, com 92,6% dos crimes cometidos por parceiros íntimos da vítima (companheiros ou ex-companheiros e namorados). É o que aponta a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), nesta terça-feira (12).
Os dados divulgados são derivados dos Boletins de Ocorrência, registrados pela Polícia Civil. No período de sete anos, uma mulher perdeu a vida vítima de violência de gênero a cada três dias.
Em média, os feminicídios cresceram 7,6% ao ano.
Veja abaixo mais dados divulgados:
Apenas em 2023, a Bahia registrou 108 feminicídios. Isso representou um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 107 casos.
Em 2023, 1,5 mulheres foram vítimas de feminicídio a cada 100 mil baianas, enquanto que no primeiro ano da análise, 1 mulher foi morta.
De 2017 a 2023, quase metade dos casos de feminicídios foram por arma brancas: 46,6%.
As armas de fogo (28,5% do total de casos) e os objetos contundentes (8%) também são instrumentos em destaque. Outros instrumentos respondiam pela participação restante (16,9%).
Aproximadamente 80% dos casos ocorreram dentro do domicílio da vítima.
Perfil das mulheres mortas
Referente ao perfil das mulheres, a maioria tinha idade adulta (de 30 a 49 anos), eram negras (pretas e pardas) e não-solteiras.
O levantamento apontou que informou que os dados mostram um padrão específico de ocorrência para esse tipo criminal, o que pode auxiliar na construção de medidas mais efetivas para a proteção da vida das mulheres vítimas de violência de gênero.
Do Portal NS
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