• um homem de 66 anos, que está internado em um hospital particular do Recife;
• um homem de 48 anos, que se encontra no Hospital Miguel Arraes, em Paulista; e
• um homem de 77 anos, que está no Hospital do Tricentenário, em Olinda.
A Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco investiga se as pessoas foram infectadas nos hospitais ou em outro local, além de testar quem teve contato com esses pacientes.
O que é
Candida auris é um fungo emergente considerado pelos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA "uma ameaça à saúde global".
São três as razões que levam a agência sanitária estadunidense a manter um alto nível de alerta em relação ao patógeno.
1. Muitas vezes, é multirresistente, o que significa que é resistente a vários antifúngicos comumente usados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas são resistentes a todas as três classes disponíveis de antifúngicos.
2. É difícil de ser identificado com métodos laboratoriais padrão e pode ser identificado erroneamente em laboratórios sem tecnologia específica. A identificação incorreta pode levar a uma gestão inadequada.
3. Ele causou surtos em ambientes de saúde. Por isso, é importante identificar rapidamente o C. auris em um paciente hospitalizado para que os serviços de saúde possam tomar precauções especiais para impedir sua propagação.
O C. Auris foi descrito pela primeira vez no Japão, em 2009. Ele pode causar infecções na corrente sanguínea e provocar morte, especialmente em pessoas com a saúde já debilitada, como indivíduos internados e idosos em instituições de longa permanência.
Estima-se que um em cada três pacientes com infecção invasiva (sangue, coração ou cérebro, por exemplo) morra.
Os CDC ressaltam que devido à dificuldade em identificar o C. Auris, e por normalmente ele acometer pessoas já doentes por outras causas, a infecção pode passar despercebida.
Indivíduos saudáveis geralmente não são infectados pelo Candida auris. Por outro lado, pacientes com o sistema imunológico enfraquecido, internados em hospitais ou, principalmente, com acessos no corpo (respirador, sondas e cateteres, por exemplo) correm mais risco.
A higiene adequada do ambiente hospitalar e de casas de repouso e de quem frequenta esses locais é apontada pelos CDC como uma medida eficaz de prevenção.
Os sintomas mais comuns sãos febre e calafrios, que não melhoram com antibióticos em casos de suspeita de infecção bacteriana.
Os pacientes também podem ter manifestações na pele e infecção nos ouvidos, segundo a agência dos Estados Unidos.
A maioria dos casos é tratada com uma classe de medicamentos antifúngicos chamados equinocandinas.
Entretanto, alguns não respondem aos remédios, o que torna o tratamento mais difícil e obriga os médicos a prescrever altas doses.
Do Portal Ailton Pimentel/Fonte:R7
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