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sexta-feira, 17 de março de 2023

Governo estima crescimento do PIB de 1,6% em 2023 e vê novo estouro da meta de inflação

Lula durante encontro com prefeitos em Brasília em março e 2023 | Foto: Adriano Machado/Reuters

O Ministério da Fazenda estimou nesta sexta-feira (17) um crescimento de 1,61% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023.

A informação consta do Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica.

Essa é a primeira previsão do PIB de 2023 divulgada pela nova equipe econômica, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa do Ministério da Fazenda representa desaceleração frente ao ano de 2022, quando a economia registrou uma alta de 2,9%.

De acordo com o governo, a desaceleração da economia neste ano está relacionada, entre outros fatores, com os “efeitos contracionistas da política monetária [alta dos juros pelo Banco Central para combater a inflação] sobre o ciclo econômico e sobre o mercado de crédito”.

Essa é uma nova referência da equipe econômica ao processo de alta dos juros, conduzido pelo Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias.

O BC autônomo, comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, já foi alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da taxa básica de juros, atualmente em 13,75%.

Para 2024, o Ministério da Economia projetou um crescimento de 2,34% para o PIB brasileiro.

O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 somará 5,31%.

Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Do Portal NS/Fonte: g1

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