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quarta-feira, 5 de maio de 2021

‘Deram a vida para salvar as crianças’, diz mãe sobre funcionárias que foram mortas em creche de SC

Keli Adriane Aniecevski e Mirla Renner morreram após um ataque à escola infantil de Saudades (SC) nesta terça-feira (4) | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Para os moradores de Saudades, no Oeste catarinense, as professoras e demais funcionários da creche onde ocorreu um ataque na terça (4) foram fundamentais para evitar que houvesse mais mortes.

Uma professora e uma agente educacional morreram tentando defender seus alunos. Os demais professores também agiram rápido, se trancando nas salas com as demais crianças.

“Elas foram muito corajosas em lutar, em entrar em contato com ele [assassino], tentar salvas as outras crianças. Infelizmente não conseguiram. Algumas pessoas tiveram sorte, outras não”, afirma Edna Dessoy, mãe de uma das crianças que estavam na creche no momento do ataque.

“Elas foram muito corajosas porque deram a vida para salvas as outras crianças”, diz Edna.

Três crianças menores de 2 anos de idade e duas mulheres, sendo a professora Keli Adriane Aniecevski e a agente educacional Mirla Renner, morreram no ataque.

As cinco vítimas foram enterradas na manhã desta quarta (5). A única criança sobrevivente passou por cirurgia e está na UTI.

Keli Adriane, Sarah Luiza, Anna Bela, Murilo Massing e Mirla Renner são as vítimas do atentando a creche em Saudades (SC) | Foto: Reprodução/Redes Sociais; Reprodução/NSC TV

A polícia acredita que a primeira pessoa que o assassino atacou foi a professora Keli Adriane Aniecevski. Mesmo ferida, ela correu para uma sala, onde estavam quatro crianças e a agente educativa Mirla Renner, de 20 anos.

O homem chegou até a sala e continuou os ataques, matando Keli e três crianças. Todas as vítimas foram atingidas com, pelo menos, cinco golpes de facão, segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP).

O assassino tentou entrar em todas as salas da creche, mas as professoras conseguiram se trancar em diferentes salas e proteger as crianças, entre elas, o pequeno Emanuel, filho de Edna.

“Sou eternamente grata pelas professoras por terem salvo a vida do meu filho e da menina que estava junto”, afirma a mãe.

O delegado responsável pelo caso, Jerônimo Ferreira, confirmou que as professoras se trancaram nas salas para evitar que o autor conseguisse chegar até elas.

“Ele tentou entrar em todas as salas, não conseguiu, com aquelas mulheres guerreiras, sozinhas com crianças pequenas, evitando que um mal maior acontecesse”.

O autor do ataque, um jovem de 18 anos, foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados, além de uma tentativa de homicídio contra a criança que foi ferida. O assassino deu golpes contra o próprio corpo e foi levado ao hospital.

Do Portal NS/Fonte: G1 BA

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