Foto: Divulgação
Líder do DEM na Câmara e deputado federal baiano, Elmar Nascimento (DEM) demonstrou que a presença de militares e o diálogo do governo de Jair Bolsonaro tem incomodado aliados no Congresso. Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (4), Elmar disse que o “governo saiu da política de sindicato e passou para a república da caserna”.
“Com Michel Temer tínhamos o que há de melhor em termos de tratamento, a despeito de sua impopularidade. A gente ligava para o presidente e ele retornava a ligação. Hoje, a gente tem de se identificar, alguém lá em cima autorizar, colocar um crachá”, afirmou o parlamentar.
Elmar é líder do “blocão”, grupo que reúne 301 dos 513 deputados e ajudou a reconduzir Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. Na avaliação do deputado, Bolsonaro precisa chamar a classe política para ser “sócia” de seu projeto.
“O governo precisa de votos. Nos Estados, o presidente precisa compor o governo dele, em cargos de direção. Nessa composição ele vai ouvir quem: aliados ou adversários? Sou favorável a estabelecer critérios. O sujeito tem de ser ficha limpa e ter capacidade técnica. E isso tem de valer do quinto escalão ao primeiro”, falou.
Apesar da crítica a presença dos militares no Planalto, Elmar pregou respeito à classe. “Os militares são patriotas, dedicados ao Brasil, mas na política tem gente tão honesta quanto eles. É preciso se estabelecer qual o tipo de relação que o presidente quer com a classe política”, concluiu.
Do Portal Bahia Notícias
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