Há um ponto comum em quem procura DESTRUIR ou DESCONSTRUIR algo: ambos desejam construir algo novo. Mas há uma diferença gritante no CONSTRUIR de quem DESTRÓI e no CONSTRUIR de que DESCONSTRÓI.
DESTRUIR é descartar absolutamente tudo, sem critério, sem mensurar possibilidades, nem fazer avaliações, ou seja, não é preciso muito conhecimento sobre aquilo que vai ser destruído. Contudo, destruir é fácil, não exige o muito pensar, nem o muito sentir. Já o DESCONSTRUIR é uma tarefa muito mais sofisticada e complexa, eu diria ainda, criteriosa. Exigirá muito trabalho e a noção de que nem tudo precisa ser descartado, apenas uma parte, alguns pontos e/ou aspectos.
Desconstruir, aliás, é uma tarefa que exige cautela, muita humildade e muito conhecimento, pois se faz necessário reconhecer que o que outrora fora hegemônico, tem algum valor edificante, e é justamente nesse valor reconhecido, que deve-se alicerçar o novo a ser construído.
Fazendo assim, desconstruindo para construir, mantenho o respeito pela História e uma identidade peculiar ao novo construído. Identidade! Eis a palavra-chave da questão aqui presente. Ter identidade é perguntar-se sobre as origens e a essência e obter da Memória uma resposta segura e fiel sobre o questionamento feito.
Pense nisso. Será que você não tem se esforçado para destruir coisas que na verdade precisam ser desconstruídas? (Hermes Júnior)
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