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A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (19), que avalia reduzir a sua participação no mercado de petróleo e vender parte do controle de quatro refinarias no Nordeste e Sul do Brasil para empresas parceiras.
Com a proposta, a estatal deve, a partir de agora, manter o controle da operação apenas no Sudeste, onde está a maioria das unidades de refino da companhia. A proposta inclui a abertura da gestão da Refinaria Landulpho Alves, localizada em São Francisco do Conde, Região Metropolitana de Salvador (RMS), para o mercado. As parcerias incluiriam venda de participação nas refinarias e em 12 terminais associados.
De acordo com o G1, a Petrobras deverá ficar com 40% de participação em ambos os blocos regionais (Sul e Nordeste), ao passo que empresas parceiras deteriam 60% do controle em cada um deles. Neste modelo, a petroleira afirmou que o parceiro controlaria a operação enquanto a Petrobras seguiria com participação de 75% do mercado brasileiro com as suas refinarias do resto do Brasil.
Segundo o presidente da companhia, o monopólio em qualquer segmento é prejudicial para a economia. Ele defendeu que abrir espaço para outras empresas na área de refino irá beneficiar toda a cadeia. “Quando você tem um único ator operando no setor, quando essa empresa vai mal, toda a cadeia vai mal também. Então, a diversificação também traz vantagem para a cadeia de fornecedores de suprimentos”, disse Pedro Parente.
Questionado sobre uma previsão de quando as refinarias poderão ser colocadas à venda, Parente declarou que há um longo trâmite a se seguir, regido inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e que “vai levar o ano todo, com certeza”.
Para debater a proposta, a Petrobras realizou nesta quinta, no Rio de Janeiro, um seminário com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP).
Somente nos últimos cinco anos, a Refinaria Landulpho Alves já perdeu mais de 7 mil postos de trabalho, segundo estimativas do sindicato dos petroleiros da Bahia. Além das refinarias, em março, a companhia anunciou o fechamento da fábrica de fertilizantes nitrogenados na Bahia (Fafen-BA), em Camaçari, como parte do processo de saída integral da Petrobras na produção de fertilizantes (veja aqui). No caso da produtora de fertilizantes, a empresa suspendeu o desligamento (saiba mais aqui).
Do portal Bahia Notícias
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