O Executivo Municipal encaminhou para a Câmara dois projetos de lei 001 e 002, o primeiro diz respeito a desafetação e alienação de imóveis públicos, o segundo a concessão de terceirização dos serviços públicos.
Após pressão popular em sessão extraordinária os cidadãos Tucanenses conseguiram barrar a votação dos projetos, além da realização de Assembléia Pública para debater o projeto 001.
Ao longo da Audiência Pública que iniciou se com a apresentação de uma proposta da Prefeitura para utilização dos possíveis recursos arrecadados com a venda dos imóveis, todos os populares inscritos representantes de movimentos sociais e da sociedade civil foram unânimes em refutar a proposta apresentada, apontando uma série de inconsistências de várias ordens, e juntamente com os populares presentes deram a voz de discordância com o teor integral do projeto.
No entanto, o recado não foi suficiente, a revelia da população a sessão de ontem 01 de Março de 2018, trouxe em uma pauta oculta, novamente a votação dos projetos à tona. A sessão foi sem sombra de dúvidas a de maior participação popular da história das Câmaras Municipais das cidades circunvizinhas.
O Presidente da casa já prevendo tamanha ocupação popular se precaveu mobilizando todo o efetivo policial para a Câmara juntamente com o efetivo disponível da Guarda municipal.
O clima de tensão e ânimos acirrados foi a tônica da noite, a população clamava ter seus direitos mantidos, e suas vontades atendidas pelos vereadores, que cegamente estavam dispostos a cumprir a vontade do executivo em aprovar os projetos a qualquer custo.
O direcionamento vergonhoso dado aos trâmites da sessão só se assemelha as manobras do Ex- Presidente da Câmara hoje preso Eduardo Cunha. O uso do regimento interno para atender a gestão em detrimento da população foi para os espectadores da noite um verdadeiro circo de horrores, a ponto do presidente da casa encerrar a sessão, e imediatamente convocar uma outra extraordinária, medida embora prevista no regimento, mas totalmente desnecessária e incoerente com um processo de lisura moral.
A cada manobra os gritos ostensivos e a pressão a bancada de dez vereadores da situação aumentava. Após ameaçar uma sessão secreta, o presidente foi obrigado a encerrar a sessão por conta da queda de energia no local.
A pergunta que fica é a seguinte : O que leva um representante do povo a ir a qualquer custo contra a vontade popular? Qual a motivação de se aprovar projetos impopulares de forma açodada em uma clara imposição de poder? A linha arbitrária do grupo político que domina Tucano foi bravamente combatido pela população que se uniu para resistir a Ditadura que se constrói, não há dúvidas que a intervenção popular na cidade não irá parar pelo momento, e sua tendência é de aglutinar cada vez mais grupos sociais que vem tendo seus direitos esmagados pelo gestor e seu grupo político. Gritos de Impeachment já foram ouvidos, mas diferentemente do golpe, esse tem legitimidade popular.
Artigo de André Carvalho
Membro do Movimento Popular Mobiliza Tucano e professor
Membro do Movimento Popular Mobiliza Tucano e professor
Do Portal A Voz do Campo
Nenhum comentário:
Postar um comentário