Um dos dois corpos encontrados carbonizados no porta-malas de um veículo, em 10 de junho, em Santaluz, segue sem identificação três meses após o crime. A família do professor Jeovan Bandeira, de 39 anos, que desapareceu no dia 10 de junho, aguarda a confirmação da identidade do corpo.
O amigo de Jeovan e também educador, Edivaldo Silva de Oliveira, de 32 anos, conhecido como Nino, foi identificado como o segundo corpo encontrado no veículo, logo após o crime. O corpo ainda sem identificação foi trazido para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, para passar por exame de DNA. Já o corpo de Nino, foi identificado por meio de prontuário odontológico, no DPT de Feira de Santana, informou o órgão ao G1 nesta terça-feira (13).
Conforme o DPT, a identificação dos corpos pode ser feita por meio de três procedimentos: análise das digitais, do prontuário odontológico ou por exame de DNA. Nos casos de vítimas carbonizadas, a identificação se torna um pouco mais difícil por conta das condições do corpo.
Ainda segundo o Departamento de Polícia Técnica, quando não é possível fazer a identificação pelas digitais, em entrevista com a família, o órgão apura se a vítima tem prontuário odontológico. Se não tiver, como o caso do professor Jeovan, a opção é o exame de DNA. O DPT informou também que ainda não tem o resultado do exame de DNA do educador e que a demora é porque o procedimento depende da qualidade da amostra usada para fazer o exame.
Família lamenta demora
O auxiliar de estoque Fábio Bandeira, de 41 anos, um dos três irmãos de Jeovan, afirma que a família não tem dúvidas de que ele é uma das vítimas do crime. “A gente já perdeu as esperanças. No momento que tudo aconteceu, eles [as duas vítimas] estavam juntos e não tem como não ser isso”, lamenta.
O auxiliar de estoque Fábio Bandeira, de 41 anos, um dos três irmãos de Jeovan, afirma que a família não tem dúvidas de que ele é uma das vítimas do crime. “A gente já perdeu as esperanças. No momento que tudo aconteceu, eles [as duas vítimas] estavam juntos e não tem como não ser isso”, lamenta.
Como a família mora em Santaluz, pediu ajuda de um advogado para acompanhar a identificação do corpo no DPT em Salvador. “A espera é angustiante, mas do DPT a gente não tem resposta nenhuma. Devido à dificuldade, o que se pode fazer é aguardar”, reclama.
O irmão diz que a família aguarda apenas o resultado genético, para liberação do corpo, e então fazer o sepultamento da vítima. Fábio Bandeira diz que no dia 7 de setembro deste ano o irmão mais novo deveria ter completado 40 anos, mas a família ainda não tem suspeita de quem pode ter matado os dois amigos. “A gente fica sem posição de nada e ninguém mais procurou a gente”, reclama. Os corpos foram encontrados no porta-malas de um carro que também foi queimado.
Nesta terça-feira, o delegado João Farias, titular da Delegacia de Santaluz, afirmou ao G1 que a autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas. Em protesto contra a morte do professor Edivaldo Silva e desaparecimento de Jeovan Bandeira, que reuniu uma multidão em Santaluz no dia 13 de junho, bandeiras com arco-íris que representam o público LGBT lançavam luz sobre a possibilidade do crime ter motivação homofóbica.
Crime
Dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, no município de Santaluz, localizado na região nordeste da Bahia, no dia 10 de junho.
Dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, no município de Santaluz, localizado na região nordeste da Bahia, no dia 10 de junho.
O veículo estava capotado na estrada que dá acesso ao município vizinho de Queimadas. Segundo a PM, guarnições da corporação e da Guarda Municipal foram acionadas após receberem a informação de que um acidente teria ocorrido e, quando chegaram ao local, na noite do dia 10 de junho, constataram que os corpos estavam no porta-malas.
Do Portal NS/Fonte: G1BA
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