Ao comentar os seguidos escândalos de corrupção e prisões de políticos brasileiros, feitas sobretudo na operação Lava Jato, o senador baiano Otto Alencar (PSD) evitou uma análise generalista e disse que “todo partido tem santos e demônios”. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (7), ele defendeu a reputação de nomes como Walter Pinheiro e do governador Rui Costa, recentemente avaliado como terceiro melhor do país.
“Ele [Rui] tem uma história de vida que não foi contaminada pelo PT. Você já viu alguém macular a honra dele?”, exemplificou. “O que não se pode é generalizar essa situação. Todo partido tem os dois lados: santos e demônios. No Brasil se vota muito ainda no candidato”, declarou.
Otto ainda falou do colega de parlamento Walter Pinheiro, cuja reputação o credencia como nome forte para disputar a prefeitura de Salvador em 2016.
“Eu destacaria Walter Pinheiro. Tenho conversado com ele, mas ele não está com essa disposição. Pode surgir um nome novo, mesmo fora da política”, afirmou. Quanto às movimentações do PSD em Salvador, Otto disse que trabalha para formar uma chapa forte na Câmara de Vereadores.
Otto também ponderou a euforia criada em torno da reeleição do prefeito ACM Neto. “Ninguém ganha eleição de véspera. Não vejo nenhum candidato que, faltando 10 meses, já tenha ganhado a eleição. Não posso deixar de reconhecer que de alguma forma ele [ACM Neto] modificou muito a gestão. Pegou uma prefeitura muito ruim e tá fazendo um bom trabalho”, analisou.
Sobre as articulações em Brasília para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Otto disse que é contrário ao rito do afastamento. “Do ponto de vista jurídico, não tem como cassar o mandato dela. O STF interpretou a Constituição. Pedalada fiscal não é crime. Politicamente, ela pode ser afastada”, ressaltou, ao confirmar que defende o voto aberto em todas as votações dos parlamentares. “Sou contra voto secreto. Dentro do parlamento voto secreto é um excremento. Pra tudo, deve ser voto aberto”.
Do Portal CS
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