O diferencial do América-RN na decisão contra o ABC foi o meia Cascata, filho da cidade de Tanquinho, a 30 km de Riachão do Jacuípe. Contratado no final do ano passado com certa desconfiança, após uma passagem sem brilho pelo Sampaio Corrêa, o jogador recebeu o voto de confiança da direção e da comissão técnica.
O camisa 10 recorda que ligou para Alex Padang, ex-presidente do clube, pedindo para voltar ao Mecão. A ideia foi transmitida ao técnico Roberto Fernandes, que prontamente acatou o pedido do jogador.
Poupado em alguns jogos e observado com carinho pelo técnico Roberto Fernandes, Cascata encarou com disciplina e dedicação as vezes que precisou voltar ao departamento médico para tratar lesões musculares. Desde que retornou ao clube, o meia recebe tratamento especial pelo médico Maeterlinck Rêgo. Após levantar o troféu de campeão estadual, o jogador dedicou a conquista ao médico e a toda família Rêgo, que tem a responsabilidade de coordenar a área de saúde dos atletas.
“Quando eu cheguei aqui (América-RN), foi uma coisa incrível. Eu tinha tudo acertado com o Sampaio Corrêa, o Oliveira (Canindé) foi para lá, acabou não dando certo e imediatamente eu liguei para o (Alex) Padang e ele acionou o Roberto (Fernandes). Agradeço a todo a diretoria. Agradeço ao doutor Maeterlinck, que me deu uma palavra firme, um voto de confiança. Para muita gente, eu não teria mais condição de jogar bola, e ele junto com todo o departamento médico, e seus filhos, foram muito espetaculares comigo, e me trataram de uma forma muito boa. Ele (Maeterlinck) me tratou como um filho e eu dedico esse título à toda família Rêgo. Isso também vai para a minha esposa, os meus filhos. Passei esses últimos quatro meses trabalhando ao lado do meu filho, que sem dúvida, é maravilhoso para mim. Eu só tenho que agradecer a isso tudo”, festejou.
Emocionado, Materlinck Rêgo retribuiu o carinho do jogador e ressaltou que tê-lo em campo é essencial para o grupo alvirrubro.
“Em primeiro lugar, é gratificante demais. Em segundo, é o reconhecimento. Quando ele foi contratado, nós sabíamos, mas tratamos o jogador como se fosse um cristal, que tem que ser bem lapidado, bem trabalhado. O que nós fizemos não foi nada de extraordinário, foi apenas tentando valorizar um profissional, que mesmo com problema, ainda está em luta. A gente sabe que Cascata é um jogador que não tem condições de jogar os 90 minutos, a direção sabe disso, a comissão técnica sabe disso... Enquanto isso, a gente dá a ele um tratamento que ele merece, em função desse campeonato”, disse o médico alvirrubro.
Do Portal Interior da Bahia/Fonte: Globo Esporte
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