O prédio em que a presidente da Petrobras, Graça Foster, mora em Copacabana, Zona Sul do Rio, foi ‘cercado’ por cerca de 30 manifestantes que fizeram panelaço contra os esquemas de corrupção denunciados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal na estatal petrolífera.
O ato foi convocado pela página “Vem pra Rua” na rede social Facebook e tinha a confirmação de aproximadamente 300 pessoas. É o mesmo grupo que, em dezembro, organizou o “faxinaço” na porta da sede da estatal, no Centro do Rio.
Das janelas, moradores aplaudiam o protesto e gritavam “ô Graça Foster, você vai ver, o seu vizinho tem vergonha de você”. Com o megafone, manifestantes reforçam que o objetivo principal do “panelaço” é cobrar punição aos corruptos. Eles também criticam a gestão petista.
Segundo a “Folha de S.Paulo”, Graça Foster acertou com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta terça-feira, 3, em Brasília, a saída da atual presidente e de toda a direção da Petrobras. Entre os cotados para substituir Foster estão Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos, e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.
Graça deixa Planalto após reunião de 2h com Dilma
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, deixou o Palácio do Planalto, onde se reuniu reservadamente com a presidente Dilma Rousseff. Elas conversaram por cerca de duas horas, o que aumentou os rumores de que Dilma teria definido a saída da executiva do comando da estatal.
Graça chegou ao Planalto por volta das 15 horas e deixou a sede do governo perto das 17 horas. Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobras de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.
A situação da presidente da estatal se agrava a cada dia, diante dos problemas que estão sendo enfrentados pela empresa. Hoje, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado. A afirmação consta de um relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. A estatal está no foco das denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvendo situações de corrupção.
(Nivaldo Souza, Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura/AE)
Do Portal Interior da Bahia
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