Os agentes que faziam a segurança da unidade do Tiro de Guerra do Batalhão do Exército da cidade de Serrinha estavam desarmados quando foram rendidos por homens encapuzados, na madrugada desta terça-feira (14). Ao todo, 20 armas modelo Mosquefal M 964, semelhantes a fuzis, de uso exclusivo das Forças Armadas, foram levadas pelos assaltantes.
De acordo com o tenente coronel Hobert, do Exército, os seguranças dos tiros de guerra são atiradores e, ao contrário dos soldados que atuam nos quartéis, não utilizam armas de fogo. “Eles [os atiradores] são preparados para serem reservistas de segunda categoria, que podem ser mobilizados em caso de conflito, e não têm a mesma carga de instruções de um soldado, que recebe preparação diferente. Por isso, normalmente, trabalham desarmados”, explica.
Questionado sobre a fragilidade da segurança dos tiros de guerra como o de Serrinha, o tenente coronel Hobert afirma que “todos [os tiros de guerra] os do país têm segurança adequada ao grau de instrução dos homens que os compõe. Não se tratam de quartéis, que são compostos por soldados”.
O tenente não soube informar quantos agentes faziam a segurança do local quando os suspeitos chegaram e nem se eles usavam apenas cassetetes quando foram abordados. Segundo ele, os assaltantes não levaram nenhuma munição.
Conforme o Exército, as armas da unidade do Tiro de Guerra de Serrinha foram roubadas por volta das 1h40. Os suspeitos chegaram em um carro, pularam o muro e renderam os soldados que estavam em descanso. Um deles teria sido agredido com chutes. Depois, a quadrilha obrigou os soldados a abrirem a sala de armamento.
Ainda conforme o Exército, equipes estão em campo em busca dos assaltantes, e a operação só será finalizada com a recuperação dos armamentos. Um inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando da 6ª Região Militar para investigar o caso, que também é acompanhado pela Polícia Civil.
"As operações de busca são coordenadas pelos órgãos de segurança pública e a Polícia Federal, para que a gente possa reaver esse armamento. E as Forças Armadas, o Exército, particularmente, vão estar realizando essas operações de buscas até que se possa encontrar todo armamento", conta Paulo Sérgio Brito, tenente coronel do Exército.
Militares fazem buscas pela quadrilha; situação ocorreu por volta de 1h40 |
Do Portal Clériston Silva
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