Por Genaldo de Melo
Embora formadores de opinião, jornalistas de plantão, políticos sensatos, lideranças empresariais e pessoas com capacidade de liderança e formar opinião nos bairros de Feira de Santana, levantaram as vozes nas ruas e na mídia local contra o famigerado IPTU aprovado pela Câmara de Vereadores em dezembro último, nada pelo visto parece que vai mudar. Muita gente pode achar até que isso é pessimismo de minha parte, mas não é mesmo! Porque Feira de Santana tem uma configuração política e uma cultura política diferente de outros municípios. Tem literalmente gente que age como dono dos feirenses, como pastores de ovelhas que se calam...
Apesar de existir a certeza de que o imposto municipal não vai ser sanado em sua totalidade pela população feirense, porque pautado no valor venal dos imóveis ninguém em condições financeiras limitadas vai pagar, a certeza é que tudo vai cair na leveza do esquecimento, e os imóveis ficarão passíveis de desapropriação e outras coisa mais.
O homem que foi eleito para administrar Feira de Santana, pela força da mística da canção “volta... volta... que o trabalho vai voltar” trabalha maquiavelicamente com a natureza das pessoas, que é volátil e se esquecem dos fatos, mesmo cruéis, com o tempo. O povo de Feira de Santana esquece muito rápido das coisas cruéis da administração municipal, porque os bruxos da comunicação trabalham, como nos anos quarenta...
Esqueceram rápido da alardeada, no período em que foi aprovada na “Casa da Cidadania”, Contribuição de Iluminação Pública; esqueceram rápido da transformação das zonas rurais em bairros, para especulação imobiliária já que não se podem construir prédios com muitos andares na cidade, e para exatamente cobrar o IPTU de quem vai perder o direito à Aposentadoria Especial como trabalhador rural; e provavelmente esquecerão também em pouco tempo o famigerado IPTU, apesar de muita gente está pegando dinheiro emprestado à juros, para ficar com o nome limpo no mercado.
O tempo do discurso do homem de Florença de que as coisas ruins devem ser feitas de uma só vez, parece que se encaixa perfeitamente agora, porque a crueldade no bolso do povo é compensada com a propaganda das obras municipais e empresariais, que ofuscam os olhos e as mentes do povo. Quem lembra mais da polêmica da lagoa do Prato Raso, agora aterrada para o mercado?
A única mágoa do povo que se esquece das coisas da Administração Pública é com o silêncio ensurdecedor da Câmara dos Vereadores. Parece que são empregados do homem de Paripiranga, assinam e aprovam tudo sem ler, cegamente, porque emprego para gente incompetente está difícil no mercado!
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