No mesmo dia em que o corpo de Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, chegou ao Brasil, seu ex-amante e chefe, Cláudio Grigoletto, 32, confessou que matou a mineira no escritório da empresa Alpi Aviation do Brasil, em Gambara, na província de Brescia, no norte da Itália.
A mineira de Uberlândia, no Triângulo, foi encontrada morta no dia 30 de agosto. Ela estava grávida, e Grigoletto assumiu que o bebê era dele. O empresário está preso desde o último dia 3 de setembro.
De acordo com o promotor Ambrogio Cassiani, o suspeito confessou o crime, mas deu uma versão diferente para os fatos. Segundo o "Giornale di Brescia", em depoimento que durou três horas, ele teria dito que teve uma briga com Marília e disse a ela que iria cuidar de sua mulher e família. Durante a discussão, ela teria caído e batido a cabeça no chão. Grigoletto explicou as marcas no pescoço da jovem dizendo que ela teve uma convulsão logo após a queda, e que ele tentou ajudá-la.
"Ele admitiu ter cometido o crime, mas contou uma história que não nos convence", disse Ambrogio Cassiani ao "Giornale di Brescia" na saída da prisão onde o suspeito foi ouvido.
Ainda de acordo com a publicação, o crime pode ter sido premeditado. Grigoletto foi ao supermercado na quinta-feira (29) - provável dia do assassinato -, onde comprou ácido muriático, amônia, luvas e esponja. As investigações mostram que ele, então, a esperou no escritório até o meio-dia.
Para os investigadores, o empresário já tinha o plano de fazer com que a jovem bebesse o ácido para simular uma cena de suicídio. Além disso, Grigolleto teria adulterado o tubo da caldeira, o que causou um vazamento de gás.
Velório e sepultamento
A previsão é que o corpo de Marília chegue a Uberlândia por volta das 21h desta sexta feira (13). Houve um atraso - a previsão inicial era de que o corpo chegasse no fim da manhã - devido à demora na liberação em São Paulo.
Conforme a funerária Ângelo Cunha, o velório será realizado no velatório da empresa, no bairro Daniel Fonseca, em Uberlândia. O sepultamento está previsto para as 9h deste sábado (14), no cemitério Bom Pastor, no bairro Jaraguá.
Investigações
Na semana passada, a polícia italiana encontrou, em um dos carros de Claudio Grigoletto, traços de sangue que podem ser de Marília. Na ocasião, a mãe da mineira, Natalia Silva, de 52 anos, reuniu-se com os responsáveis pela investigação e afirmou que não procura por vingança.
“Neste momento, estou completamente triste, mas meu coração não busca vingança. Ele (Grigolleto) matou minha filha, que estava esperando um filho dele. Despedaçou meu coração", disse Natalia para a ANSA. (Informações do jornal O Tempo).
Do Portal Interior da Bahia
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