Depois de descobrir que seria substituído do quadro FIFA em uma manobra política do presidente da Conaf, Sálvio Spínola agiu rápido e encerrou uma trajetória brilhante como árbitro de futebol, em tom de protesto contra Sérgio Correa da Silva e toda a sua comissão.
Mais uma carreira destruída pelo homem que a Anaf homenageia com medalhas e aplausos. Agora é oficial: Sálvio Spínola Fagundes Filho, o juiz Brasileiro que durante seis anos fez parte do quadro internacional de árbitros FIFA, está fora dos gramados. A informação foi divulgada na noite desta sexta (18) pelo Voz do Apito e confirmada na tarde deste sábado (19), pelo próprio árbitro. Segundo fontes ligadas ao Baiano, a decisão de abandonar a carreira se deu ao fato do árbitro descobrir que já estava fora da FIFA em 2012, sendo substituído pelo árbitro aspirante ao quando internacional do Espírito Santo Pablo Alves, que é filho de um membro da comissão de árbitros da CBF.
Tudo começou depois que o nome do árbitro Carlos Eugênio Simon foi confirmado para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. A Federação Paulista brigava politicamente com a Federação gaúcha de futebol e a CBF, para uma possível indicação de Sálvio para a competição, visto que Simon já tinha participado das duas edições anteriores. Como não obteve êxito e o nome do ex-árbitro gaúcho pesou, Sálvio que na época estava pré-selecionado acabou sendo atropelado politicamente por Simon, que conseguiu viajar para a África.
De lá pra cá a relação entre São Paulo x CBF (Sérgio Correa da Silva) estremeceu e nos bastidores corria a informação, que o presidente da Conaf iria mexer no quadro internacional. A Copa passou e ainda em 2010 os rumores de uma eventual saída de Sálvio da FIFA, aumentavam cada vez mais. Só que o santo do Baiano radicado em São Paulo foi forte e o árbitro gaúcho Leonardo Gaciba da Silva em função das sucessivas reprovações físicas, acabou largando o apito. Na época o então aspirante Sandro Meira Ricci era o nome para substituir Sálvio no quadro FIFA, só que com a queda de Gaciba, Sérgio Correa teve que segurar Sálvio por mais um ano.
Em 2011, Sálvio Spínola começou a temporada ciente que esse seria o seu último ano de carreira. A tentativa política da Conaf de arrancá-lo da Fifa seria concretizada, em função do árbitro não ter idade para uma eventual indicação internacional. E assim como aconteceu em 2009, quando Sérgio Correa da Silva sem aviso prévio arrancou os escudos do Rio de Janeiro (Djalma Beltrami), Minas Gerais (Alício Pena Junior) e Santa Catarina (Wagner Tardelli), a cena volta a se repetir, só que dessa vez a situação foi com São Paulo, que é a capital mais influente e importante do futebol Brasileiro e essa pode ter sido definitivamente a última ação desastrosa de Correa da Silva a frente da Conaf.
Segundo o Voz do Apito apurou, o presidente da comissão de árbitros de São Paulo, Coronel Marcos Marinho é inimigo político de Sérgio Correa da Silva e ambos não se bicam. Porém nem São Paulo se mete nos trabalhos da CBF e nem a CBF se envolve nos trabalhos em São Paulo. Só que essa decisão de parar mesmo ainda tendo dois anos de carreira pela frente, só fez acender ainda mais a chama que durante anos a arbitragem nacional espera que é a saída de Sérgio Correa da Conaf o mais rápido possível, em função de todas as lambanças ao qual o cartola se envolveu.
Talvez por estar mais preocupado com a realização da Copa do Mundo aqui no Brasil em 2014 e os lucros financeiros que a competição vai deixar como legado, o presidente da CBF Ricardo Teixeira nem saiba quem é Sálvio Spínola e o que de fato ele representa para a arbitragem nacional. Porém nós sabemos e não vamos nos calar. A atitude do Sálvio foi corajosa e digna de um árbitro FIFA, que não tem o rabo preso com o sistema e chutou o balde com todas as forças. A categoria deve ficar ao lado do árbitro e esse é o momento para que um movimento derrube Sérgio Correa da Conaf, pois caso isso não aconteça, as pretensões do cartola paulista de um dia chegar a Conmebol vão acontecer e o estrago será cada vez maior.
Nossa equipe esta semana irá até São Paulo e em breve, os nossos leitores com exclusividade saberão como será o desfecho de mais essa atitude inconsequente e totalmente descabida de um homem que nunca será ½ do que o Sálvio foi e representou para a arbitragem do Brasil. Sérgio Correa tentou, porém não conseguiu tirá-lo da FIFA, pois o homem Sálvio que não depende da arbitragem para viver, tomou uma atitude antes de tal medida.
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