Em 25 de novembro de 2007, parte do anel superior da Fonte Nova desabava durante o jogo entre Bahia e Vila Nova, válido pelo octogonal final da Série C, na maior tragédia do futebol brasileiro, e vitimava sete pessoas:
Jadson Celestino, Djalma Lima, Anísio Marques, Milene Vasques, Márcia Santos, Joselito Lima e Midiã Andrade. Um dia fervorosos frequentadores da Fonte Nova, estes sete torcedores do Bahia tiveram suas vidas e seus sonhos interrompidos há exatamente quatro anos.
À época, o Ministério Público entrou com uma ação contra Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, Superintendente da Sudesb, e o engenheiro e diretor de operações do órgão, Nilo Júnior. O processo ainda continua em tramitação.
Desde então, a Fonte Nova foi interditada, demolida e mudou de nome: hoje é Arena Fonte Nova, uma dos estádios sedes para a Copa de 2014, no Brasil. Para a família das vítimas, o sonho de acompanhar um Mundial em Salvador virou pesadelo.
Hoje elas recebem uma pensão do governo estadual, espécie de indenização. Através de uma seguradora, a CBF também socorreu os familiares financeiramente.
Tragédia poderia ser evitada
Três semanas antes do desastre, Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) apresentou relatório apontando problemas da Fonte Nova, chamando atenção especialmente para as ferrugens e oxidação na estrutura de ferro.
O Sinaenco considerou a Fonte Nova o pior estádio do Brasil. Um semana antes da acidente, a Polícia Militar baiana também apresentou relatório pedindo uma reforma urgente no estádio.
Ainda em 2006, o Ministério Público já pedia a interdição da Fonte Nova e um documento da Vigilância Sanitária apontava infiltrações nas arquibancadas e outros riscos. Apesar de tantos alertas, não houve mobilização dos órgãos competentes. Informações do Correio (Foto: Google).
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