Familiares da estudante de Direito do UniCeub, Suênia Sousa Faria, 24 anos, natural de Sobral, na Paraíba, morta a tiros por um professor nesta sexta-feira (30) aguardam a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML), em Brasília.
Quatro irmãos, o marido e um casal de amigos permanecem no local. A previsão era que o corpo de Suênia Sousa Faria, 24 anos, fosse liberado por volta das 13h deste sábado. A jovem deve ser enterrada no cemitério de Taguatinga neste domingo (2).
Suênia foi morta com dois tiros na cabeça e um no tórax, disparados pelo professor de Direito Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, pouco depois de sair da faculdade, por volta das 13h30 desta sexta-feira. Rendrik já está preso.
Segundo depoimento de familiares, a moça se envolveu com Rendrik por um período de dois meses em que esteve separada do marido. Há três meses ela reatou o casamento e passou a receber ameaças do professor, que não aceitou o fim do relacionamento.
A jovem, que era aluna do 7º semestre do curso de Direito no UniCeub, foi surpreendida por Rendrik quando entrava no carro para deixar a faculdade, na Asa Norte, por volta das 14h30.
Professor pode ser impedido de advogar
O professor e advogado Rendrik Vieira Rodrigues, 35, que matou a ex-namorada e ex-aluna Suênia Sousa Faria, vai enfrentar processo ético-disciplinar e pode ser impedido de advogar, segundo nota divulgada neste sábado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Distrito Federal.
"O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-DF instaurará na próxima segunda-feira processo ético-disciplinar contra o advogado Rendrik Vieira Rodrigues, por ser ele acusado do crime. Poderá vir a ser suspenso preventivamente e impedido de exercer a profissão", diz o texto.
Rendrik foi demitido das duas instituições de ensino às quais era ligado. Tanto a UniCeub (Centro Universitário de Brasília), onde era professor de Direito, quanto a Faculdade Projeção, onde era coordenador do curso de Direito, informaram neste sábado que ele foi desligado dos seus quadros.
Como foi o crime
Nesta sexta, o professor abordou Suênia na saída da sua aula na faculdade, às 14h, e, armado com uma pistola 380, forçou a entrada no carro que a estudante dirigia. Ela chegou a ligar para o atual namorado, com a voz nervosa, dizendo que reataria o relacionamento com o professor.
Mas o namorado estranhou e registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia, na cidade-satélite de Taguatinga. Enquanto isso, dentro do carro, o professor e Suênia se desentenderam. Durante a discussão, ele deu dois tiros na cabeça e um no tórax da vítima.
Desorientado, o professor rodou por cerca de 40 minutos com Suênia já morta e resolveu se entregar à polícia. "Ele chegou e disse para o delegado de plantão que tinha atirado em uma pessoa. Ao ser questionado se a vítima tinha morrido, disse que ela estava dentro do carro. Suênia estava coberta com o paletó dele", disse Nogueira.
Com informações da Folha de São Paulo e o site Wscom (Paraíba).
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