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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Há 57 anos o ex-presidente Getúlio Vargas se suicidou com um tiro no peito


Em ato previsto para as 18 horas desta quarta-feira (24), junto ao busto de Getúlio Vargas, os dirigentes, filiados e simpatizantes do PDT realizam uma homenagem ao ex-presidente.


A data lembra sua morte, que ocorreu às 8h30 de 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Vargas estava sendo pressionado pela cúpula militar para renunciar ao cargo em função de uma crise política que vinha se arrastando há mais de mês.

Como saída honrosa, ele acabou se suicidando e deixou um manifesto conhecido como Carta-Testamento onde denuncia as pressões contra os trabalhadores e o saque às riquezas nacionais.

No ato do PDT, que é o herdeiro das ideias e do trabalhismo de Vargas, vai ser lido um manifesto pelo Presidente do Partido, Agustinho Berlesi.

Na oportunidade, também vai falar o ex-vereador, Dr. Cláudio Silva Rufino, que vai lembrar o legado do ex-presidente Vargas.

Conforme Agustinho Berlesi, estão convidados para o ato todos os filiados do PDT e as pessoas simpatizantes das ideias do ex-presidente.

Neste ano, a homenagem ganha especial relevo em função das comemorações do Cinqüentenário da Campanha da Legalidade, quando o ex-governador Leonel Brizola abortou uma tentativa de golpe militar. Sete anos antes Vargas igualmente abortou o golpe com o seu suicídio e a divulgação da Carta-Testamento.

Um tiro que mudou o rumo da história

Abandonado pelos militares, pelos burocratas do governo, pelos políticos e até por seu vice-presidente, Café Filho, o presidente Getúlio Vargas só tinha uma saída na madrugada do dia 24 de agosto: renunciar.

Mas, quando seus adversários já comemoravam a vitória política, Vargas mudou o rumo da história. Por volta das 5h, segundo sua filha Alzira Vargas, o presidente, sozinho em seu quarto, disparou um tiro fatal no peito.

“Eu saí correndo feito uma doida e me joguei sobre o corpo dele. Ele ainda estava vivo e eu tive a impressão de que esboçava um sorriso”, contou Alzira. Bastaram uma edição especial do Repórter Esso e a leitura da carta-testamento deixada por Vargas para o sorriso que Alzira acreditou ter visto se justificar.

Enlouquecida e com lágrimas nos olhos, a população tomou as ruas para protestar contra os inimigos do “pai dos pobres”. Houve quebra-quebras e incêndios em sedes de jornais contrários a Vargas. Até a Embaixada Americana foi apedrejada. Os adversários de Vargas caíram em desgraça. Jornal do Brasil

Na manhã de 24 de agosto de 1954, a medida que a carta testamento chegava aos ouvidos dos brasileiros pelas rádios, a dor do povo surgiu como manifestação de indignação e revolta contra os adversários de Getúlio, tomando as ruas de norte a sul da Nação.

O sentimento nacional sepultou um golpe militar. O Udenista Carlos Lacerda, declarado opositor de Getúlio, foi obrigado a fugir para o exterior. E assim, o período Getulista, iniciado em 1930, que buscava com seu projeto e ideologia trabalhista, a modernização nacional, chegou ao fim.

Grande estadista, certamente o maior que o país já teve, amado pelo povo , trouxe o crescimento econômico, a justiça social e a igualdade de direitos. Criou empresas estatais fortes como a Petrobrás, a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

Getúlio construiu uma legislação federal clara, beneficiando, principalmente os trabalhadores, criou o salário mínimo e a jornada semanal de trabalho. Deu às mulheres o direito de votar e, ainda na questão democrática, a instituição do voto secreto.

Fonte: site nacional do PDT unificado.com.br.

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