Na contagem final da formação da equipe que comandará o poder no Brasil, junto com a nova presidente Dilma Rousseff (PT) a partir de janeiro, a Bahia confirmou cinco cadeiras ministeriais.
Os baianos chefiarão algumas pastas, associadas à meta de política de inclusão social, iniciada no governo Lula. Foram confirmados pela chefe do Executivo nacional, os nomes de Luiza Bairros (PT) para Igualdade Racial, Mário Negromonte (PP), Ministério das Cidades, Orlando Silva (PCdoB), Ministério dos Esportes, Jorge Hagge (sem filiação) para Controladoria- Geral da União.
Fechou a cota baiana ontem, o ex-secretário e deputado estadual eleito Afonso Florence (PT), convidado pela presidente para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A indicação do ex-secretário para o Desenvolvimento Agrário, além de preencher a expectativa do PT baiano em ter mais representatividade no governo Dilma, aliviou a pressão em torno do governador Jaques Wagner (PT), que nas entrelinhas vinha sendo cobrado a emplacar um nome do partido.
Ao tornar oficialmente público, ontem, o convite da nova chefe executiva do país, em entrevista coletiva, no Salão de Atos da Governadoria, o deputado Afonso Florence atribuiu a conquista à liderança política do governador nacionalmente. Além disso, segundo ele, houve uma conjuntura que o favoreceu, a exemplo do fato de ser um nome do PT, do Nordeste e sua passagem no Executivo estadual, como secretário de Desenvolvimento Urbano, do governo Wagner, entre 2007 e início de 2010.
“Havia expectativas pelas características socioeconômicas do Nordeste de que houvesse indicação de alguém da região. O governador naturalmente tem uma envergadura política no plano nacional. A sua força e a pujança de seu governo pesaram nesse processo”, reconheceu. Florence confessou que, apesar de saber que outros nomes estavam em jogo, não se surpreendeu com a nomeação. “Fiquei muito honrado. Não posso dizer que na política somos surpreendidos por esses fatos porque somos testados o tempo todo a assumirmos situações inesperadas. Mas, de fato, não era essa a tarefa inicial que a mim foi delegada”, afirmou, ao contar que o convite de Dilma teria sido feito no dia anterior.
Florence confirmou que, além dele, outros nomes foram cogitados para o cargo, a exemplo de Maria Lúcia Falcón. Questionado sobre esse processo, ele negou que houvesse tensão para que fosse o escolhido. “Não houve nenhuma pressão sobre a presidenta e sobre o partido. Todos os cargos, não só no âmbito da política, como também no empresarial, os gestores dispõem de dois ou três postulantes e vários fatores foram considerados”, disse.
Ele também descartou qualquer tipo de insatisfação por parte do governador em relação à composição do Ministério. “Não há nenhum registro disso. Ele estava, como continua, ajudando a presidente Dilma nesse processo. Florence comandará uma pasta com orçamento de R$6 bilhões.
TB
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