O preço da gasolina subiu 11,10% em 2023, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial. A alta de 11,10% foi a mais intensa desde 2021 (49,59%) e ocorre após a deflação de 25,46% em 2022, ano marcado pela redução dos impostos para o combustível.
Com este desempenho, a gasolina foi a segunda maior pressão para a alta do IPCA-15 em 2023. Seu impacto foi de 0,52 ponto percentual da taxa de 4,72% do IPCA-15 acumulado no ano, ou uma 11% da variação, mostram os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). O item com maior impacto foi o emplacamento e licença de veículos, com alta de 21,37% e influência de 0,54 ponto percentual.
A gasolina foi o único entre os quatro combustíveis acompanhados pelo IBGE a registrar alta de preços em 2023. O etanol caiu 7,15% no ano, enquanto o diesel teve queda de 8,51% e o gás veicular, de 7,92%. Por causa do peso maior da gasolina, na média os preços de combustíveis subiram 7,67% em 2023.
Alimentos
O IPCA-15 de dezembro mostrou ainda desaceleração da inflação de alimentação e bebidas para 0,54% em dezembro, vindo de 0,82% em novembro, a então primeira alta após cinco meses seguidos de deflação no grupo: 0,51% de queda em junho, 0,40% de recuo em julho, 0,65% de baixa em agosto, 0,77% de redução em setembro e 0,31% de decréscimo em outubro, com a contribuição da safra recorde e o consequente aumento da oferta de alimentos nesses meses.
Com a alta de dezembro, o grupo de alimentação e bebidas teve impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.) da taxa de 0,40% do IPCA-15 no mês, ou 30% do total. Em dezembro, o subgrupo alimentação no domicílio subiu 0,55%, influenciado, em grande parte, pela alta em itens básicos na alimentação das famílias, como a cebola (10,63%), a batata-inglesa (10,32%), o arroz (5,46%) e as carnes (0,65%). Por outro lado, o tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram de preços.
Já a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação ao mês de novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).
Em 2023, o IPCA-15 registrou alta de apenas 0,83%, o menor resultado desde 2017, quando houve deflação de 2,15%. Já o subgrupo de alimentação no domicílio fechou o ano com deflação de 0,82%, a primeira queda de preços também desde 2017, quando tinha recuado 5,18%.
Do Portal NS/Por Valor Econômico
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