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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Sobe para 25 número de mortos em operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio

Sobe para 25 número de mortos em operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio
Foto: Reprodução / PMERJ

Subiu para 25 o número de pessoas mortas durante a operação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal que já é a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro.
 

Na manhã desta quarta-feira (25), dois pacientes que estavam internados no Hospital Getúlio Vargas morreram durante a noite, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. A direção da unidade informa que, ao todo, 23 pacientes morreram. A conta não inclui Gabrielle Ferreira da Cunha, 41, que foi baleada na Chatuba, comunidade vizinha à Vila Cruzeiro, e não foi levada ao Getúlio Vargas. Assim, a operação deixou 24 pessoas mortas. De acordo com o hospital, quatro pessoas permanecem internadas.
 

A outra vítima é um menor de idade que havia sido encaminhado nesta terça (24) para a Unidade de Pronto Atendimento do Complexo do Alemão. Ele chegou ao local já sem vida, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
 

Segundo a Polícia Militar, a ação desta terça-feira (24) visava prender em flagrante mais de 50 traficantes de vários estados que sairiam em comboio à favela da Rocinha, na zona sul da cidade. O plano, porém, foi frustrado quando uma das equipes à paisana foi descoberta e atacada na entrada da comunidade, por volta das 4h.
 

O que se seguiu foram horas de confrontos, que acabaram subindo pela comunidade até chegar a uma área de mata que liga a Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão, onde a maioria foi baleada. Entre os mortos também está Gabrielle, alvejada dentro de casa na Chatuba, comunidade vizinha à Vila Cruzeiro e que não era alvo da operação.
 

Durante entrevista na terça-feira, a Polícia Militar culpou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela migração de criminosos ao estado.
 

"A gente começou a reparar essa movimentação, essa tendência deles de migração para o RJ, a partir da decisão do STF [que limitou operações policiais em favelas durante a pandemia de Covid-19]", disse em entrevista o secretário da corporação, coronel Luiz Henrique Marinho Pires.
 

Isso vem acentuando nos últimos meses. Esse esconderijo deles nas nossas comunidades é fruto basicamente dessa decisão do STF. É o que a gente entende, a gente está estudando isso, mas provavelmente deve ser fruto dessa decisão do STF", continuou.
 

A operação virou alvo de investigação nos Ministérios Públicos federal e do estado do Rio de Janeiro. O objetivo é apurar eventuais violações de direitos durante a ação na comunidade da zona norte carioca.
 

Durante a tarde desta terça, corpos e feridos chegavam a todo momento à unidade. Por volta das 13h30, uma kombi estacionou trazendo o corpo de um jovem coberto por um lençol.
 

Cristino Valle Brito, da OAB-RJ, estava acompanhando a retirada do corpo e disse que o jovem chegou a pedir ajuda para ser encaminhado ao hospital, mas morreu a caminho da unidade.


Do Portal Bahia Notícias/por Matheus Rocha | Folhapress

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