Professores de Rio Real, na divisa da Bahia com Sergipe, seguem há 54 dias em greve. A paralisação é mais uma quebra de braço entre prefeituras e sindicato dos docentes. Segundo a coordenadora da APLB da cidade, Rita de Cássia de Azevedo Barbosa, a categoria cobra a atualização do piso nacional dos professores, autorizado neste ano para 33,24%.
"O prefeito não quer pagar os professores e colocou funcionários terceirizados para ocupar nosso lugar, nos perseguindo. A Câmara de Vereadores já aprovou um reajuste, mas mesmo assim o prefeito não cumpre o reajuste", disse ao Bahia Notícias. Ritá de Cássia também disse que está sendo pressionada a deixar a atividade sindical.
"Mandaram ofício ontem [terça-feira (17)] dizendo que foi negada a minha liberação e me obrigando voltar a sala de aula, se não vão me processar", declarou. Ainda segundo a APLB de Rio Real, a última contraproposta da prefeitura foi de 19%, que foi rechaçada pelo sindicato. "Nós já mostramos que tem dinheiro para pagar. A prefeitura tem R$ 5 milhões em caixa e R$ 3 milhões para pagar os terceirizados. Por que não usa esse dinheiro para pagar os professores com carteira assinada?", questionou.
A coordenadora disse a categoria mantém um contingente de 30% de professores em sala de aula. A greve dos docentes em Rio Real já tinha sido alvo de ação do prefeito Antônio Alves dos Santos, o Carroça, (PP), mas foi rejeitada pela Justiça (ver aqui).
Do Portal Bahia Notícias
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