O senador Otto Alencar (PSD), que chega ao fim do mandato de oito anos em 2022, diz que ainda não tem planos para o futuro político. O parlamentar afirmou que a pandemia tirou a política da mente, principalmente porque ele é médico. Ele pretende fazer planos para a eleição do ano que vem a partir de março de 2022, mas garante que é “vacinado contra ambição pelo poder e ganância”.
Otto tem 35 anos de vida pública, é presidente estadual do PSD-BA, já foi deputado, vice-governador e secretário estadual da Saúde. Ele afirma que pretende ouvir aliados por todo o estado para definir os passos futuros. “Sempre coloquei de procedimento na minha vida que nunca fui singular, sempre fui plural, vou pensar em todos envolta da minha liderança e ligados ao partido que presido”, afirmou nesta quinta-feira (25) em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar.
“Meu trabalho vai ser de ouvir, perguntas a eles o que será bom para as candidaturas de deputado estadual e federal, não vou pensar em mim, no que eu penso, quero, ou desejo. Nunca fui na vida pública egoísta, que pensa em si para depois ver o que vai ser bom para os outros”, declarou o senador baiano.
O parlamentar defende a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as condutas do governo durante a pandemia. Mas ele acredita que a CPI deve ser instalada apenas quando for possível realiza-la de forma presencial.
Na visão do senador, de modo remoto a comissão não vai funcionar como deveria. “Se instalar CPI agora por modo remoto ela não funciona. CPI tem que ser presencial, as pessoas têm que participar, as audiências públicas, para ouvir os envolvidos, remoto não funciona”.
Para ele “tem elementos demais para abrir a CPI”. “Tem que responsabilizar os que foram inconsequentes, omissos, e que a frente do Ministério da Saúde não tomaram decisão corretas a respeito do tema Covid”, defendeu Otto Alencar.
Durante a entrevista o senador ainda fez duras críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia do novo coronavírus. Sobre a mudança de discurso recente do presente, que começou a defender a vacinação a pregar união, Otto é cético.
“Mudar o comportamento do Bolsonaro é muito difícil. A não ser que ele encontre um bom assessor, alguém que possa ter ascendência sobre ele, os filhos talvez. Ou então um bom psicólogo para ajudar a parar de dizer tanta coisa errada, tantos lapsos verbais, palavrões, ameaças que tem feito. Acho difícil mudar, ele vai diminuir um pouco esse estilo de estimular a desavença, mas o procedimento interno vai ser o mesmo”, opinou o senador.
Do Portal Bahia Notícias/por Jade Coelho
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