Uma notícia bombástica dominou a imprensa europeia na manhã deste sábado. Segundo informações apuradas pela equipe do Football Leaks publicadas no revista alemã Der Spiegel, 16 clubes gigantes da Europa estariam planejando, secretamente, se unir para a criação de uma superliga na Europa a partir de 2021.
Segundo a publicação, os enormes times do continente estariam descontentes com o grande desequilíbrio das ligas europeias, sobretudo a Alemã e a Italiana, que acabam culminando em títulos previsíveis. Para tentar resolver estas questões e seguir apresentando um torneio atrativo ao público, os clubes já vêm se mobilizando nesta ideia desde 2015.
Das 16 equipes do torneio, 11 podem ser chamadas de fundadoras e não poderão ser rebaixadas. São elas: Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Juventus, Chelsea, Arsenal, Paris Saint-Germain, Manchester City, Liverpool, Milan e Bayern de Munique. Além desses times, mais cinco atuariam como convidadas num primeiro momento: Atlético de Madrid, Borussia Dortmund, Olympique de Marselha, Inter de Milão e Roma.
Segundo o jornalista Renato Maurício Prado, do Portal Uol Esportes, por aqui, entretanto, nunca se teve condições tão favoráveis para que se forme a nossa liga, permitindo que os clubes brasileiros escapem do nefasto logo da CBF, que sequer se preocupa em evitar que suas próprias competições sejam desvalorizadas, com times reservas, e que a seleção continue a desfalcar as equipes com seus amistosos caça-níqueis.
O presidente do Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, aproximou-se do presidente eleito Jair Bolsonaro, durante a campanha, e sua participação no governo, em algum cargo ligado ao esporte, não é descartada. E mesmo que não assuma nada, terá, com certeza, papel influente como conselheiro do governo no assunto.
Petraglia é, sabidamente, um crítico feroz da CBF (e da Lei Pelé) e, juntamente com Andrés Sanchez, do Corinthians, e Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, foi oposição a eleição de Rogério Caboclo, o candidato do ex-presidente Marco Polo Del Nero que, mesmo banido do futebol pela Fifa, segue dando as cartas na confederação.
Ainda de acordo com Renato Maurpicio, ele foi também um dos fundadores da Primeira Liga, competição que a CBF e a Rede Globo boicotaram abertamente e já não existe mais. Agora, entretanto, a situação mudou radicalmente. Vale lembrar que Bolsonaro deseja ansiosamente apoiar qualquer iniciativa que, ao menos no papel, combata a corrupção. E a CBF é uma oportunidade e tanto. Alguém seria capaz de condenar o seu esvaziamento?
Com o apoio do governo e ao lado de Corinthians e Flamengo, a liga só não sairá se Petraglia não quiser. Ainda mais com a possibilidade de substituir o poder da Rede Globo pelo da Record, outra jogada que, por motivos óbvios, agradaria imensamente o novo presidente da República.
As condições nunca foram tão favoráveis para desestabilizar a CBF e tirar dela todo o poder sobre os clubes. A criação da liga brasileira, agora, é mais do que uma possibilidade. É praticamente uma certeza. E deve acontecer antes mesmo da Superliga Europeia, prevista para 2021.
Ainda que por caminhos tortuosos, o futebol brasileiro está a um passo de, enfim, se livrar da nefanda dinastia de Ricardo Teixeira, José Maria Martin, Marco Polo Del Nero, Coronel Nunes e Rogério Caboclo. Impossível não considerar isso um elogiável avanço.
Do Portal Galáticos Online
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