O senador Walter Pinheiro (BA) finalmente deixou de lado o discurso de que 2013 é o ano do trabalho e assumiu ontem, em definitivo, a predisposição dele como pré-candidato ao governo.
Em entrevista à rádio Tudo FM, o senador indicou que a plenária que acontece no próximo sábado (23) não vai se furtar em discutir 2014. “Vamos discutir a sucessão nessa plenária, agora é óbvio que eu vou dialogando”, assegurou Pinheiro. Segundo ele, a previsão de que o nome do PT seja escolhido até o final do mês não deve se concretizar. “Eu até ontem acreditava. Se não houver a decisão dia 30, fica para o próximo ano, pois não tem mais data no calendário”, avaliou o senador.
“Chegamos num momento que é mais fácil escolher um do que três retirarem. Eu vou entregar ao diretório do PT hoje (ontem) uma nota dizendo ao diretório, agora oficialmente, para que o PT e o governador possam analisar e ver se o nosso nome cabe no perfil ou se não dizer o que é que vai acontecer”, apontou o pré-candidato, que busca fôlego na corrida pelo Palácio de Ondina, atualmente disputando com os correligionários Rui Costa e José Sérgio Gabrielli – o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano é citado cada vez com mais frequência como candidato a deputado federal.
Para Pinheiro, a reunião do diretório do PT no dia 30 de novembro deve “traçar o norte dessa escolha”. “Agora eu estou chegando à conclusão que isso não vai ser fechado no dia 30. É importante que a gente construa isso com um processo de ausculta”, sinalizou. Ainda que se reinsira na luta pela indicação, o senador sugere que, caso seu nome não seja selecionado, contribuirá com o escolhido.
Postulantes defendem consenso entre petistas
Coube ontem ao senador Walter Pinheiro reiniciar a série de indicativos dos pré-candidatos ao governo da Bahia pelo PT de que a condição de postulante à sucessão do governador Jaques Wagner deve ser trabalhada a partir de um consenso entre os nomes. Defendido com veemência há algum tempo pelos petistas, a decisão consensual é uma tentativa de evitar um desgaste que atrapalhe a permanência no Palácio de Ondina.
De acordo com Pinheiro, a prévia não é o caminho mais fácil para se chegar ao candidato do partido a governador. “Não quero esse processo (prévias) de novo para a escolha da sucessão do nosso candidato em 2014. Não quero isso para mim e não quero para os outros. É importante que a gente trabalhe na expectativa de encontrar um mecanismo que nos leve a escolha sem essa disputa, sem esse acirramento”, afirmou o senador. Para ele, mesmo que a seleção aconteça dentro do diretório estadual, o resultado pode ficar aquém do esperado no tocante à construção política do projeto.
Enquanto o senador entra de vez na briga a cerca de duas semanas do prazo originalmente previsto para a escolha do candidato do PT ao governo do Estado, outro postulante, José Sérgio Gabrielli, aproveita a passagem pela Bahia de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reiterar sua condição de candidato ao governo da Bahia. O ex-presidente da Petrobras chegou a afirmar, recentemente, que pediu a Lula para auxiliar no convencimento do governador Wagner para que seu nome seja o de consenso petista.
Colocado à margem da disputa, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, também defendeu a unidade dentro do PT. “A hora é de decisão e buscarei contribuir para que tenhamos a unidade em nosso partido. O momento é de construirmos uma candidatura forte e competitiva para as eleições de 2014”, afirmou em entrevista à rádio Cruzeiro. Caetano, inclusive, definiu um prazo para manter seu nome na disputa. “O martelo será batido durante o encontro, juntamente com aqueles que têm apoiado a minha campanha”, apontou, em referência a um encontro que promove no dia 29. Matéria extraída do jornal Tribuna da Bahia.
Do Portal Jornal da Chapada/FOTO: Reprodução
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